Katxó, sange ka ta laba!
"O fado de Lisboa é um género híbrido e nem sequer muito antigo (Rui Vieira Nery situa as primeiras referências documentais que lhe são feitas no segundo terço do século XIX). Nasce no Brasil e, transplantado para Lisboa, começa por ser dança de bordel e canção de rameiras. Mas, vindo de além Atlântico, mantinha uma relação com as origens africanas da música dos escravos negros e hoje ainda se pode notar nele algum parentesco com a música brasileira, com a cabo-verdiana e com algum jazz. Não tanto porque o encontremos nos exemplos de época numa perspectiva arqueológica do exame de modinhas e lunduns, mas porque a inovação musical que nele se opera tem intuitivamente presente essa relação ou redescobre essas afinidades. (...)
Sem comentários:
Enviar um comentário