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"Está a falar da diversificação da economia
e, como vem nos livros, ela terá de passar necessariamente pela modernização,
pela inovação e pelos recursos humanos. O que pretende o governo nestas
matérias?
Recursos humanos, para
começar. Numa perspectiva de médio/longo prazo, temos de mudar o perfil da
formação dos nossos jovens e todo o programa do sistema educativo que temos
estado a desenvolver vai nesse sentido: garantir que desde o pré-escolar até à
saída do 12º ano tenhamos jovens com competências em línguas – bom domínio do
português, do francês, do inglês e de outra língua alternativa – que possam ter
acesso ao domínio das tecnologias, das ciências e dos valores humanísticos. Numa
perspectiva de longo prazo, uma criança que hoje tenha cinco anos, queremos que
termine o 12º ano com essas competências que a preparem para o mundo cada vez
mais exigente. Em segundo lugar, uma forte aposta nas elites, porque os países
desenvolvem-se em função da qualidade das suas elites, e não estou a falar só
de intenções, estou a falar de instrumentos de intervenção. O nosso programa de
sistema educativo vai nesse sentido, da mudança de perfil do pré-escolar até à
saída no 12º ano, uma forte aposta no ensino superior na área da investigação e
desenvolvimento, o lançamento de uma bolsa a que chamamos Cabo Verde Global
virada para jovens com talento – e quando digo jovens, falo de uma idade até
aos 45 anos – que possam ter acesso a programas de masters para alta gestão,
quer a privada e empresarial quer a pública e de governança. Esse programa será
lançado brevemente para podermos complementar o outro lado, elevar cada vez
mais a capacidade de governação, quer pública quer privada."