20.7.15

[ɛ] Prezente pasado



nós e sete. [nɔs’zɛ 'sɛtɨ] <nós éramos sete>

du fika so tres  [du’fikɐ ‘sɔ'tres]


mm



10.7.15

Nos KU AkorDU ortografiKU... Aa, Bb, Kk

 Desde já: mi gó! Ke Nporta-m la. N ka fede, N ka txera...

Dispos de festa ten monte cobe. 

É ka sim ke Vice do Supremo diz que o acordo ortográfico é inconstitucional e não pode ser usado nos tribunais "(...) da mais alta instância judicial denuncia que o Governo usurpou poderes e colocou em causa o princípio da identidade nacional e cultural e o direito à Língua Portuguesa. (...)

Nha lingua é  bonito,
roliso sima pedra de rol de mar,
ka ta saké,
ka ta lapi, 
ka ta keta.
Mas nha lingua ta dobra: - Dobra lingua!
El ta madja: - madja lingua!
El ta rola: rola língua! 
- Kudado pa N ka po-u lume na boca! 
- Bu pode pó, lume na boca ka ta sende. 

 

 

8.7.15

Helia Correia: Prémio Camões 2015



"Esta paixão pela língua portuguesa, que aqui confesso, cega não será, superlativa muito menos. Entendo-a rica, porque vem das boas famílias dos antigos e o que recebeu multiplicou. Mas nunca afirmarei que é a mais rica ou a mais bela do mundo. Cada povo verá no seu idioma mais virtudes que em idiomas alheios. Que a disputa, se a houver, seja festiva, pois que os idiomas não ocupam espaço e não geram rivais mas poliglotas. Anterior à festa, está, porém, aquilo que dizem História. E a História é bruta e territorial.

[...]

As línguas são os únicos seres vivos que não têm origem natural. O erro humano pode prolongar-se, mesmo inocentemente, por descuido. O português carregará ainda alguma febre imperial no corpo e é natural que desconfiem dele. Mas acontece que a repressão é mecânica e a língua é biológica. Se chega às terras de outros povos na bagagem do colonizador, em breve sai e se desnuda e se alimenta, e adormece e procria. As armaduras ficam no chão, enferrujadas, podres. A formação orgânica progride.



 [...] "