Obrigado pela visita e pelo comentário! D“os nossos atropelos no português”, não temos a palavra. Erros nossos, má fortuna, língua madrasta, em nossa perdição se conjuraram?
Valeu, o seu comentário obrigou-nos a escrever que: contrariamente, precisamos TODOS, sim e sempre, de reflectir e discutir esse Decreto-lei "governamental" para a “escrita alupekiana” do nosso Crioulo. Visto que o Crioulo é a nossa Língua Nacional. E a Nação é indivisível e inalienável... É, também, pela Fala se reconhece a Nacionalidade... Logo, é de se cultivar a alteridade e a cidadania.
AK (ex-alupec) são grafemas para representar sons da Fala ou Sons da Língua Cabo-verdiana?
Agora, está visto que o princípio de escrita 1 som um grafema não Unifica a Escrita da Língua Nacional Cabo-verdiana. Por exemplo, esta frase foi copiada do Decreto-lei 67/98, “el bai y el fika la / el bá y el feká la”, mostra como se deve “escrever bem” nas duas grandes variedades, Sotavento e Barlavento, que se teve em conta... Sabemos que em Santiago é assim que se pronuncia a frase, mas no Fogo: “el ba y el fika la”. Em São Vicente a escrita correcta, respeitando o princípio referido, deveria ser “el bá y el fká lá”.
Ora, justifica-se a introdução da letra <e>? o Leitor que o vai "decifrar" <feka> pode produzir [fe'ka] ou [fɛ'ka]? Quando sabemos que o que se ouve na pronuncia de um Mindelense/barlavento é um [fɨ’ka] e não [fe'ka]. Sendo assim, esta palavra podia muito bem ser ortografada com um <i> harmonizando a sua escrita com o seu étimo que é FICA(R) em português, ficando cada Leitor livre para... por outro lado, se harmoniza a escrita da mesma com as outras formas de a pronunciar em outras variantes do Crioulo, evitando, desta forma, duas ortografias para uma mesma palavra numa mesma Língua. (...).
Repare, o Leitor quando lê a frase, ainda segundo o supracitado princípio, lê isso: *[eɫ’baieɫfe’kalɐ]. Isto na Leitura da frase que tomámos como exemplo. A pronúncia: [eɫ'baieɫfɨ'ka'la].
Para nós: “estudar mais e melhor esse Princípio e essas Regras decretadas” para, em tempo oportuno, propormos outros princípios…? Normalizadores e padronizadores… Pensamos que sim, eis o Caminho...
Fosse, esta frase “el bai y el fika la” a forma correcta de a escrever na nossa Língua Nacional... Neste caso, estamos a sugerir i) omitir os acentos ortográficos que condicionam as pronúncias dos Leitores com reflexos, eventualmente, na compreensão e expressão… ; ii) reconhecer e respeitar a “etimologia ortográfica e fonética” desses vocábulos em português e não só...
Ter em devida conta que, por exemplo, quando uma palavra da Língua portuguesa ou de otras, entra(ou) nos falares dos Caboverdianos não passa(ou) primeiro pela variante de Santigo para ser Crioulizada e só depois se espalhar pelos falares das ilhas. A crioulização é simultânea. E então? Como havemos de a Escrever na nossa Língua Nacional? Fica a pergunta.
Não questionamos, a estrutura profunda da Língua Cabo-verdiana nasceu na ilha de Santiago, mas o Léxico, esse, chegou, chega e chegará a Cabo Verde, quase sempre, directamente das metrópoles… e na boka dos nossos migrantes... São poucas as palavras que criamos internamente. Esta afirmação não carece de exemplos.
Mais uma vez, sabemos que ‘el’ tem o seu étimo em ‘ele’; ‘bai/ba’ em ‘vai’; ‘fika’,‘feká/fika’ em ‘ficar’… a escrita de cada forma Lexical devia/deve obedecer em primeiro lugar à etimologia… fazer isto é não ignorar e nem desprezar partes da nossa História...
As Regras para a escrita de uma Língua são obrigatoriamente ensinadas e aprendidas... Alguém anda a ignorar que a Escrita e a Leitura passam por um processo de Ensino-Aprendizagem?
As Regras para a escrita de uma Língua são obrigatoriamente ensinadas e aprendidas... Alguém anda a ignorar que a Escrita e a Leitura passam por um processo de Ensino-Aprendizagem?
A Mudança Linguística não tem travão. Isto, é dos Livros!
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