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(...)
O convívio
entre estas duas línguas, uma da vertente oral (o Crioulo) e outra da vertente escrita
e de ensino (o Português), constitui impacto negativo no ensino-aprendizagem
por vários motivos:
- Os
caboverdianos só entram em contacto formal com o Português a partir da idade escolar;
- Os
ensinantes, maioritariamente cabo-verdianos, não têm um domínio pleno, nem oral
nem escrito da LP e, consequentemente, no seu discurso produzem textos com interferências
e decalques da LM;
- A falta de
pessoal qualificado faz com que o ministério coloque ensinantes sem formação na
área, o que, também, constitui entrave no ensino/aprendizagem do Português;
- A carência
de professores no Ensino Secundário tem sido sempre um dos principais constrangimentos
ao funcionamento normal do Sistema Educativo em Cabo Verde. Neste âmbito a
formação de professores é um dos seus objectivos fundamentais, agora consagrado
no Capítulo V, Secção I da Lei de Bases do Sistema Educativo de 29 de Dezembro
de 1990.
- A maioria
dos ensinantes de outras disciplinas, embora use o Português para ensinar, atribui
ao professor desta disciplina a responsabilidade do seu ensino.
-As reuniões
de Coordenação constituem momentos para discussão de abordagens e estratégias
novas de ensino de línguas, na maioria, são reuniões em que os professores apenas
indicam o que cumpriram do plano traçado, a partir de planos semanais,
trimestrais e anuais e programam o que irão trabalhar na semana seguinte.
- Além dos
aspectos apresentados acrescenta-se ainda o uso de estratégias e
metodologias
incompatíveis para o ensino do Português em Cabo Verde (cf. Lobo (2008:5) e
Freire (2007: 67).
Ler tudo aqui http://repositorio.ul.pt/bitstream/10451/340/3/18161_ulfl063637_TM.pdf
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