7.7.11

MC, nobidade: "Gabinete Para as Línguas"

- SERÁ QUE VOLTAMOS À ESTACA ZERO?
“mas eu não queria terminar essa conversa sem lhe tocar na questão da língua caboverdiana_ ou seja_ do crioulo_ _ qual vai ser a estratégia do seu ministério em termos de oficialização ou não oficialização do crioulo_ _ _ _
bom_ eu devo dizer que devemos falar das línguas caboverdianas _ _  existem pelo menos duas línguas_ uma oficial que é oficial o português e a outra que não está declarada oficial que é a nossa língua caboverdiana_ língua crioula…
mas aqui que reside a problemática…
não_ _ na verdade é uma questão formal_ _ porque a língua crioula é a nossa língua oficial_ é a nossa língua materna_ é a língua de maior uso_ _ agora falta a mudança constitucional_ e já há um entendimento nessa matéria que atribua à língua caboverdiana o mesmo estatuto que a língua portuguesa_ _ o que é que prejudicou esse debate? foi a aprovação do alupec_ _ confundiu-se muito a língua com o alfabeto_ _ o nosso grande trabalho nos próximos tempos é uma sensibilização de que o alfabeto é apenas um aspecto da dimensão da língua_ _ e é separado_ _ vamos primeiro dar estatuto constitucional à língua caboverdiana_ primeiro_ e só depois então vamos trabalhar_ como é que vamos criar uma normatização da língua_ _  e nós  temos agora um gabinete para as línguas a trabalhar nisso com propostas bastante concretas_ _ como é que vamos criar a padronização da língua_ _ devo dizer que o alupec é apenas uma contribuição_ embora o alfabeto já tenha sido aprovado_ mas não esgota_ _ foi uma etapa_ _ o assunto deve ser profundamente discutido e debatido à luz das novas teorias da comunicação_ à luz da multiplicidade plástica da língua e decidir qual será a melhor forma da escrita da língua crioula_ _
mas ainda há muita resistência à própria oficialização da língua crioula na sociedade_ nos debates feitos…
não_ _ há resistência quanto ao alupec_ _ e eu próprio_ pessoalmente_ não devo ter duas caras_ _ enquanto cidadão na sociedade civil_ eu fui contra o alupec_ _ enquanto ministro da cultura_ devo respeitar o que está na lei_ respeitamos também o trabalho dos autores… de tudo o que fizeram pelo alupec_ e dizendo_ agora vamos abrir o campo para a participação mais alargada doutras ideias e doutras teorias_ porque há muitos cientistas que também não concordam com o alupec_ __ _ dentro da mesma comissão que propôs o alupec há gente que não concorda _ _ então é um trabalho longo que exige tomadas de posições políticas_ mas_ por isso_ nós criamos o gabinete para as línguas_ _ estas posições devem ser fundamentadas numa base técnica_ _
mas este reconhecimento oficial é para si importante da língua caboverdiana
quanto ao reconhecimento oficial todos os caboverdianos estão de acordo que a língua crioula deve ter o mesmo estatuto que a língua portuguesa_ _ nisso não há resistência_ _ o que falta_ como eu disse no parlamento houve esse choque – o que falta neste momento é dizer_ vamos fazer a alteração constitucional que diga também que a língua caboverdiana_ a língua crioula tem o mesmo estatuto_ isto é_ de língua oficial_ _ _”

Os cientistas que integram esse GABINETE PARA AS LÍNGUAS são:
-
-
- (...); e
- Todos aqueles que se interessam pela Língua Caboverdiana.

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