19.8.12

De runheza

Pamodé  ke Alupec -scrita fonético-fonológico- é midjor?

"O colóquio de Mindelo [1979] teve a preocupação de pôr acento tónico na escolha de um alfabeto que pudesse dar garantias de preservação da autonomia fonética da língua cabo-verdiana. Esta questão não podia deixar de se pôr, dada a situação sociolinguística em que se encontra o crioulo no seu contacto permanente com o português, o que, como se disse atrás, vem dando origem a um processo continuo de descrioulização... Tendo-se posto a escolha entre a escrita etimológica e fonológica, analisaram-se as vantagens e inconvenientes de cada uma.
Quanto à etimológica, a principal vantagem que, segundo alguns, podia oferecer, era o facto de facilitar a aprendizagem do português. [como assim?] Porém, isso implicaria a subordinação histórica (ou diacrónica) do crioulo ao português e, por conseguinte, uma subordinação sociolinguística, o que, precisamente, se pretendia evitar. Além disso, ela não individualizava a estrutura fonético-fonológica das duas línguas, o que podia acabar por transformar o crioulo num verdadeiro dialecto do português. a esse respeito, o linguista belga Jean Doneux, participante no Colóquio, emitiu o seguinte parecer:
'À força de querer aproximar graficamente as duas línguas, pode-se correr o risco de mascarar as duas diferenças fundamentais de estruturas; disso pode resultar que as crianças, acreditando abusivamente estar diante de um sistema muito próximo, imaginem que é muito simples passar ao português a partir do crioulo: na verdade, quanto mais típica for a base ortográfica, tanto mais elas se convencerão de que, no momento de aprender português, "se passa outra coisa"'
o problema não se põe, de resto, apenas relativamente ao ensino. A escrita etimológica representa uma ameaça para a preservação da estrutura fonética do crioulo, dado que, baseando-se na escrita do português, ela não representa de forma completa e precisa a fonologia da língua caboverdiana. Ora, do ponto de vista fonético-fonológico, as duas línguas tem diferenças acentuadas que, numa escrita etimológica, aparecerão esbatidas e poderão acabar por desaparecer. Por exemplo, na variante dialectal de Santiago o -e final da generalidade das palavras portuguesas aparece representado por um -i: sodadi, parenti, noti. Se essas palavras forem ortografadas em função da sua etimologia, a tendência será para escrever sodade, parente, note, o que é um passo importante para a descrioulização da língua. Isso porque, embora o léxico crioulo seja na sua maioria de origem portuguesa, a realização fonética das duas línguas não é de modo nenhum a mesma." ( PBAUECV: 78)

Comentários:

Alfabeto "qualquer série ou sistema de sinais convencionados para representar letras, fonemas, palavras, mensagens etc." Dic. HOUAISS.

Ka ten ipotis de muda situasão sociolinguistica caboverdiano. El é kel ke é, na cada mumento... mudansa é dibagar (li sta un palavra 'debagar', mas un 'nabega' ke sta cai na dezuzo... es sa da lugar a 'devagar', 'navega', ... Es pruseso é de discriolizasão? Mode ke el ta txumado?)

É ka  ku nobo regra de scrita ke criolo, nes cazo fonético-fonológico, ta torna diferente de Lingua Portuges.

AlupeKiar é ka traduson só de palavra. Traduson El é sobretudo de CULTURAS:

1. N tene sodade bó (nhos) *eu tenho saudades de ti.
2. Djokin é nha parente londje. El é neto de nha prima de trabesado * Djokin é meu parente longe. Ele é neto da minha prima atravessadamente.
2. Note fitxado mi só nes caminho * noite fechado eu só neste caminho.

Kes fraze li 1., 2. e 3 ta mostra claramente ke du sta na presensa de dos língua.

Realizasão fonetica ta varia de falante pa falante. Kel li dento de um mesmo Língua. Anton é mode ke N ta sabe ma un falante de Criolo é de Fogo? De fora? De Maio?

Na AK: Katxó; katxrr(e), katxor/katxol/katxoi, katxor. Na Lingua Kabuverdianu é "KATXOR". Ó é kasi? Ó é kasinada? Ó é ka divera/nivera? É ka simé?

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