- Será ki entrevistadu ka konfundi "skrebe kriolu" ku "papia/fala kriolu"?
- Enton kel kriolu ki ta papiadu na Parlamentu kauverdianu, pur izenplu, e ka ofisial?
- Kuze ki ta kontise si kes diputadu di di sirkulu di Merka rezolve faze ses intervenson na AN na Ingles?
P: Empossado em 2004, o actual ministro da Cultura, Manuel Veiga, prometeu oficializar o crioulo, em 2005. Volvidos quase 6 anos, nada aconteceu. Há alguma mão invisível a impedir a oficialização da língua cabo-verdiana?
R: Não, apesar de o objectivo não ter sido alcançado, algumas coisas foram feitas [Feitas!. Que coisas?]. Mas creio que isto é um problema sério em vários outros domínios e que tem na base o seguinte: Os partidos ganham eleições e formam governos como consequência de um jogo do tipo publicidade enganosa que a sociedade aceita. São promessas que, se tivessem sido analisadas com rigor ético e técnico nunca teriam sido feitas nem aceites. O PAICV terá prometido a oficialização da língua cabo-verdiana num prazo irrealista. Um outro elemento de resposta relaciona-se com um fenómeno mais complexo do que parece. A oficialização da língua cabo-verdiana é consensual e, por isso, uma falsa questão[o que não é consensual e a utilização do AK para escrever a LCv]. Não faz sentido andar por aí a perguntar às pessoas se são por ou contra a oficialização da língua cabo-verdiana.[Fazia sentido era "juntar", em tempo, e exigir aos defensores da escrita etimológica argumentos favoráveis à essa forma de escrever a LCv e não o crioulo] O crioulo cabo-verdiano fez-se antes de nós e continuará depois de nós, não valendo a pena dar ares de estar a inventá-lo. Novidade seria prepará-lo para ser utilizado [ na sua componente compreensão e expressão escritas porque na sua componente compreensão e expresão orais, o crioulo está em todo o lado] é uma realidade nas escolas, nas igrejas, na universidade, na administração e na comunicação oficial [Este tem estado em curso: curso de letras na UNICV tem cadeiras de Língua e de Linguística Caboverdiana] . A língua cabo-verdiana não está preparada para todas estas funções [Quais? Por exemplo?] e prepará-la é uma tarefa gigantesca para várias gerações. Não me venham dizer que havendo uma tese, duas teses ou meia dúzia de livros sobre o assunto, já está. As teses não transformam espontaneamente as sociedades, até porque podem estar erradas. Portanto, o que é necessário é preparar a língua e isto é tarefa que exige muito trabalho ao longo de décadas. Para termos os especialistas, as gramáticas, os dicionários, os manuais, os jornais, a capacidade de ler, escrever e fazermo-nos entender na língua cabo-verdiana, precisamos de mais trabalho e tempo do que parece. No caso concreto, além de fazer uma promessa eleitoral sem o devido suporte científico e técnico, pretendeu-se fazer a avaliação voluntarista do ALUPEC (alfabeto unificado para a escrita do cabo-verdiano), considerado em regime experimental desde 1998. O diabo é que não se conhece o plano de implementação, os indicadores de avaliação, nem, obviamente, os relatórios técnicos. O processo parece viciado [??] e é contra este modo de ver e agir que muita gente estará. Ninguém está contra a língua cabo-verdiana [também, pudera!] . A mão invisível ou a conspiração não existem, mas, coisa diferente, a sociedade exige rigor e verdade, porque qualquer das duas línguas nacionais é assunto demasiadamente sério para ser deixado exclusivamente aos linguistas profissionais ou amadores, os quais são merecedores do meu respeito e admiração. Se a Comissão Parlamentar da Revisão da Constituição da República tivesse chegado a um acordo, teríamos dado um passo no plano formal, mas a realidade teria ficado na mesma, porque o trabalho científico e o investimento estão por fazer. Além da comunicação sobre esta matéria ser deficiente, não se compreende porque é que existirá tanta ambiguidade em relação ao outro património, igualmente nosso e de importância vital, que é a Língua Portuguesa. Sejamos claros, a língua cabo-verdiana e a língua portuguesa são complementares, indispensáveis e igualmente nossas[entendo assim, são complementares porque o Krioulo e pa papia Português é para escrever ]. Se calhar, devíamos ter começado por dizer o que é a oficialização do crioulo. Entre aqueles que pensam que a oficialização significa o reconhecimento de um estatuto que autoriza o governo e estimula a sociedade a investirem na preparação da língua para as funções que lhe serão próprias e os que acham que no dia seguinte à oficialização, sem rei nem roque, tudo será em crioulo, nas escolas, empresas, repartições, universidades, embaixadas, etc., existe um mundo de conjecturas e fantasias. Resumindo a minha posição sobre este assunto, sou pela valorização da língua cabo-verdiana, com o estrito respeito pelas suas variantes, e, ao mesmo tempo, pela promoção da língua portuguesa. Estou certo de que quem estudou em português e hoje, por preguiça ou incompetência linguística, defende o uso do cabo-verdiano contra o uso do português[não se conhece Caboverdiano com esse pensamento: defender o uso do caboverdiano possa significar ser contra o uso do português], amanhã, quando a nossa língua materna estiver estruturada, advogarão o regresso ao crioulo antigo, sem regras de uso obrigatório. [parece-me que aqui há equívoco: as regras linguísticas existem mas não são de uso obrigatório,... ].
Es parti di entrevista ki N kaba di publika ta mostra ki Kauverdianus meste ser mas umildi ora ki asuntu e Lingua. Responsável di MC e apontadu li, mas un bes, di ka apresenta "plano de implementação di politica linguistica...".
N sabe ma es Kauverdi indipendenti meste djunta tudu kriolu pa nxina "ler ku skrebe lingua Kauverdianu". N ta fla sin pamodi ningen ka ta nxinadu papia se Lingua Maternu...
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