29.2.12

Konxe bo Lingua!


Minikursu di  Polítika di Língua
Professora Adelaide Monteiro
Objectivos
Levar o formando a :
  • Conhecer a teoria subjacente às escolhas da política linguística;
  • Conhecer diferentes tipos de gestão da língua;
  • Conhecer a implementação de política linguística em diferentes regiões;
  • Reflectir sobre a situação de Cabo Verde.
Conteúdos
I - A literatura sobre a política linguística: conceito
  • O que é uma política de língua? Porque e como se traça uma política de língua
II - Gestão do plurilinguismo
  • O estado e a gestão das línguas
  • Estudos do caso: nacional, regional e internacional

Oficina Didactização de materiais para o ensino da língua cabo-verdiana
Professora Ana Josefa Cardoso
Objectivos
  • Sensibilizar para a diversidade de recursos materiais utilizáveis em sala de aula para o ensino da língua cabo-verdiana;
  • Produzir recursos didácticos que permitam desenvolver a consciência linguística e promover a literacia;
  • Incentivar a criação de suportes didácticos apelativos e adequados, tendo em vista os objectivos, os conteúdos e as competências (oralidade, leitura, escrita e funcionamento da língua) a serem desenvolvidas.
Conteúdos
I - Alguns conceitos-chave em Didáctica das Línguas
II - As competências essenciais em língua cabo-verdiana
III - A produção de materiais didácticos

“Ofisina di Língua Jestual”
Professoras Maria Jesus Ribeiro e Helena Tavares
Objectivos
  • Divulgar a língua gestual;
  • Conhecer as características da língua gestual;
  • Promover uma comunicação que permita uma relação mais próxima e harmoniosa com os surdos;
  • Reflectir sobre a situação de Cabo Verde.
Conteúdos
I - O que é a Língua Gestual
  • As características da língua gestual
II - Relato de experiências de vida de uma surda
  • Actividades práticas sobre a aprendizagem da língua

 “Ofisina di Skrita”
Professores Maria de Lourdes Lima e Emanuel de Pina
Objectivos
  • Explicar e socializar o Alupec;
  • Reflectir sobre as diversas grafias utilizadas com o Alupec para a escrita da língua cabo-verdiana;
  • Fazer comentário sobre a problemática da padronização da língua cabo-verdiana.
Conteúdos
I - O ALUPEC: significado e características intrínsecas
II - O ALUPEC e a escrita: a questão das grafias propostas pelo grupo proponente do Alupec
III - O conceito da escrita e a diferença entre grafia e ortografia (breve abordagem)
IV - A língua escrita e a estandardização/padronização (breve abordagem)
V - A padronização da língua cabo-verdiana para a escrita

Minis, Kudado!

Ora ki bala panha pilon... bala/balai ka bu pergunta pa el:
 
(...)
Manifestando o seu desacordo com algumas normas, Francisco José Viegas lembrou que "do ponto de vista teórico, a ortografia é uma coisa artificial. Portanto, podemos mudá-la. Até 2015 podemos corrigi-la, temos essa possibilidade e vamos usá-la. Nós temos que aperfeiçoar o que há para aperfeiçoar. Temos três anos para o fazer".

Ler mais: http://aeiou.expresso.pt/governo-vai-alterar-acordo-ortografico=f708008#ixzz1nmg4w0tZ

Trupika

N trupika i N kai, bruk!
Mas kanto N labanta N saké na kanela, N odja pa mi
N ka tenba palabra pa N fra-bu nada - mi era retrato de mi.

Mi era retrato. Um retrato ke mesteba vos pa kababa ku rabuliso
de um sentimento de nha sentimento.

N ka pode fra-ba bo pa bu ka (a)ri de mi, mas
Bu grasa era de um sentimento de mi.
Bu ka fra-m se era de (a)legria...
Suma era de sentimento, N ka duvidá.

Ami N sinti bu sentimento de txakotero.
N sinti bu sentimento, num lingua ku um monte vos.
Vos ke tenba um signifikado fora-l bo, mas kel ke stá dentu-l mi era um babel.

Sinti, era nos imajem, sem palabra. Mudo. Keto. Spia-m N spia-u!
Tudo staba na bu rosto ku na nha kara...
Era na rosto ke ta odjada, ma ka ta frada. Ka tenba palabra.

Na prinsipe ami, abo, ael, anos tudo era retrato de nos me!
Retrato de um sentimento orijinal ke bira vos.
Vos ke bira signifikado. Bu ta fra-m, N ta fra-u... dja sta!

Nakel tempo, retrato ta odjada...
Debe ta frada també, mas frado fra ka ta skrebedo. Nem onte, nem oje.

Oje tudo é imajem ku ses retrato, tempo borta pa tras.

Palavra é vos ku se signifikado. Retrato é tudo ke kaba na nada.

Oje N trupika i N kai, mas kanto N labanta es pargunta-m: - É o que é?

- N tropesa na Língua!

27.2.12

Nhos ka ta panha sako...

 Nhos ka ta panha sako, é na fundo de Lapis ... mas li go, nhos kre "mama na bode"!

(...) Assim, os interessados em cursar Medicina na  “Charles University” terão que ter o 12º ano completo na área de Ciência e Tecnologia (CT), ou a completar até à data das provas, agendadas para o final do mês de Maio. Os candidatos terão que pagar uma taxa de inscrição no valor de 200 euros (cerca de 22 mil escudos). 
"(...)CUSTOS DA FORMAÇÃO

O valor da propina anual para o curso de Medicina, na “Charles University”, é de aproximadamente [dez] eez  mil euros (cerca de mil e cem contos) ano. As despesas com a alimentação, habitação, transporte público e seguro de Saúde rondam, em média mensal, os 350 euros (38 mil escudos), um valor que o cônsul considera muito inferior à media da União Europeia.
A data limite para a inscrição é até o final do mês de Março, através do correio electrónico ( praia@honorarary.mzv.cz This e-mail address is being protected from spambots. You need JavaScript enabled to view it. ). As provas, bem como as entrevistas, serão realizadas no mês de Maio, na cidade da Praia."

- Kenha ke podé?!

24.2.12

Nos Lingua!

Nu Obi y  nu odja, pa nu tenta intende pamodé!

Nu uvi y  no oiá  pa no  tentá entende mode ké?

http://rd.videos.sapo.cv/play?file=http://rd.videos.sapo.cv/D0szqTE5nI2QuGvUIC7i/mov/1

19.2.12

Semana di Lingua Maternu na UNICV



  1. Introdução

"A Semana da Língua Materna 2012 constitui a 1ª edição da iniciativa que visa reunir anualmente sob os auspícios da Universidade de Cabo Verde, todos quantos profissionalmente e por outros meios, actuam no sentido de dar o seu melhor contributo para o estudo, preservação, valorização e promoção da [nossa] língua cabo-verdiana. (...)"


faze kabesa

 na ta buska bida _ tudo perna é perna_

(...)

- Abo kes rapazis dento de iase_ N sa ta repara ma sta alguns rapazis ke ta faze kabesa prope_ kes rapazis bu ta paga-s_ _ bu ta tra de bu dinhero_ o bu ta da-s algun kuza_

- N ta da resto nha dinhero, kondutor tambe ta da di-sel_ pasajero_ karo vazio es ka ta kre subi, é pa faze kabesa pa parse mas xeio, es ta subi rapido - ou seja_ nhos ta poi um monte de kabesa na karo de maneras ke gentis ta pensa ma karo sta xeio... de maneras ke ta parse ma karo sta xeio_ pa nu pode bai_

17.2.12

Dia Internasional de língua Maternu (I)

- BOKA MORA NA LADERA // boca mora na ladera!

* - Boca mora na ladeira

- N ATXA-S BOKA KU BOKA! // N atxa-s boca cu boca
*- Eu achei-os boca com boca/ achei-os boca e boca

Segundo HOUAISS, <boca> [‘bokɐ] significa “(…) nos vertebrados, cavidade situada na cabeça, delimitada externamente pelos lábios e internamente pela faringe.”

SPRESÃO ORAL
Na kriolo ora ke du fla [‘bↄkɐ] é ku omesmo significado de Houaiss. Logo, suma nhos sa ta odja/ler kel son [ↄ] é + baxu. Na produson oral des palavra, diferensa sta na nivel de pronunsia nes dos lingua en kontato 
Isto é, fla [‘bokɐ] é produsão oral na portuges i fla [‘bↄkɐ] é produsão oral na kriolo.
SPRESÃO SKRITA
Segundo regras de skrita de língua kabuverdiano dekretado, grafia debe ser <bóka>: <o> aberto debe leba asento ortografico de un forma jeral; <c> debe reprezenta tudo som [k]. De li nu tem pa ortografia de Lingua kabuverdiano <bóka>
Mas es diferença di pronunsia ten ke ser odjadu na grafia? Pamodé? Pa kuzé?
De nha ponto de vista es diferensa dja sta, y el sta senpre en formason na kultura de kada komunidade de falante.

Nos lingua é un produto kultural ke nese y el kriado nun anbiente sosial ibrido... sima nos!

Se tras de Alfabeto kabuverdiano ka sta ideia de "expulsa" língua de tugas des terra, kal ke é motivo pa skrebe tudo palavra de Língua portuges ku es nobo regra dekretado pa "Alfabetu Kabuverdianu"?

Será ke konstruson de bilingismo só ta da-nu rezultado ku alupekiamento de Leksiko de Lingua Portuges? Ou será ke kredo, ao kontrario de Acordo Ortográfico de Lingua Portuguesa ke ta propoi kaba ku "som mudo", skrebe purtuges na kabuverdiano?

Du ta dexa de ten ortografia de portugesa pa nu pasa pa ortografia alupekiana de Lingua Portugues!

15.2.12

Interpretar

E se é certo que um episódio ocorrido no Iémen não tem nada a ver com a morte do nazareno, também é certo que nós não conseguimos lê-lo sem esse referente iconológico fortíssimo da tradição ocidental. Os clássicos ajudam-nos a interpretar o mundo.

13.2.12

É Partinente!

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Acordo Ortográfico será inconstitucional

Professor assistente de Direito apresentou queixa na Provedoria de Justiça por considerar que o "novo Português" fere a Constituição da República e afirma que "a língua não se muda por decreto". 


Ivo Miguel Barroso, professor da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, considera que utilizar a Língua Portuguesa segundo as normas do novo Acordo Ortográfico "é inconstitucional" e apresentou queixa na Provedoria de Justiça. 
Professor assistente de Direito, Ivo Miguel Barroso apresentou queixa na Provedoria por considerar que o "novo Português" fere a Constituição da República e afirma que "a língua não se muda por decreto". 
Defende Ivo Miguel Barroso que a atual Constituição da República Portuguesa, aprovada em 1976, está escrita em Português anterior a 1990 - data do Acordo Ortográfico - logo, do ponto de vista técnico, uma atualização ortográfica não pode ser feita sem que haja uma revisão constitucional, segundo as normas do Acordo Ortográfico. 
Todavia, ainda assim, uma tal revisão não poderia ter efeito retroativo, "convalidando os diplomas anteriores à data dessa revisão, que continuariam a ser inconstitucionais", afirmou à Lusa. 
Na opinião de Ivo Miguel Barroso, que contesta o Acordo Ortográfico, essa hipotética revisão constitucional não se afigura possível pois atentaria contra limites materiais de revisão, nomeadamente "o princípio da identidade nacional e cultural e o núcleo essencial de vários direitos, liberdade e garantias". 

Revisão constitucional obrigatória

Segundo Ivo Miguel Barroso, é necessária uma "revisão constitucional" para que seja revista a ortografia e logo se aceite o Acordo Ortográfico. A outra possibilidade é a "republicação da Constituição segundo a nova grafia, aprovada que seja pela Assembleia da República uma lei de revisão". 
"Assinalo, porém, que a Constituição já foi aprovada. As alterações, em sede de revisão, são feitas artigo a artigo. Por isso, só alterando todos os artigos que estão em desconformidade com o Acordo Ortográfico", adverte o docente. 
Por outro lado, salienta, "a língua é regulada predominantemente pelo costume". "Uma língua não se muda por decreto tem de ter em conta a vontade do povo português e os pareceres técnico-científicos, que são, na sua esmagadora maioria, contrários ao Acordo Ortográfico", afirma. 
Questionado pela Lusa quanto às anteriores atualizações ortográficas do Português, Ivo Miguel Barroso afirma que em 1911 "houve uma reforma ortográfica, não propriamente um acordo, um tratado internacional, pois o Brasil não aderiu a ele". 
Por outro lado, citando o relatório da comissão que elaborou essa reforma "para fixar as bases da ortografia que deve ser adotada", "várias das regras que constavam estavam a ser praticadas por livros e alguns jornais periódicos".

Brasil e Portugal mais longe desde 1911

Para o docente, "o que a reforma ortográfica de 1911 fez foi codificar e sistematizar essas regras, que eram consensuais; diversamente do que sucede com o Acordo Ortográfico de 1990". 
O Brasil com esta reforma não se aproximou da grafia europeia porque não ratificou qualquer tratado e, sendo assim, "a reforma de 1911 só serviu para afastar mais a ortografia portuguesa da brasileira, que continuou a ser a do século XIX, embora a intenção não tivesse sido essa". 
Ivo Miguel Barroso recorda que "houve um Acordo Ortográfico, em 1945, que o Brasil ratificou mas que não aplicou, e, posteriormente, uma minirreforma ortográfica em 1973". "Esta foi a única em que houve convergência", sublinhou. 
Na opinião do docente de Direito, "quer a reforma ortográfica de 1911 quer o Acordo Ortográfico de 1945 foram bem executados, com linguistas de várias especialidades e tendo em conta que a língua é dinâmica, mas tendo a história da língua portuguesa de ser respeitada". 
Segundo Barroso, o atual Acordo Ortográfico é "essencialmente uma imposição, não uma codificação de normas costumeiras, que extravasa o contrato social que a Constituição, e daí defender que não só é inconstitucional mas também que a ortografia da Constituição não pode ser revista segundo o Acordo", sentenciou. 

Críticas a Malaca Casteleiro

Ivo Miguel Barroso aponta baterias ao catedrático Malaca Casteleiro, que considera o grande responsável do acordo linguístico assinado em S. Tomé e Príncipe. 
"O Acordo foi elaborado por um especialista de uma única vertente - a dos estudos brasileiros -, Malaca Casteleiro", afirma Barroso, que acrescenta: "Por outro lado, o Acordo Ortográfico encontra-se mal redigido, com contradições várias, designadamente tanto escreve 'respectivo' como 'respetivo', que é uma facultatividade - pode escrever-se das duas formas, segundo o Acordo -, mas deveria ter ficado assinalado com uma barra e escrita da mesma palavra, sem a consoante muda". 
O docente apresenta ainda os diferentes exemplos de palavras que podem ter dupla grafia como "facto/fato", enquanto "o conversor Lince e os corretores ortográficos 'legislaram' em vez do legislador, fazendo uma interpretação autêntica, não deixando o utilizador da língua escolher entre as várias formas".
"Isso configura uma violação do próprio Acordo Ortográfico", atesta Ivo Miguel Barroso. 
Para o docente, "há várias regras manifestamente improcedentes, como a de os meses e estações do ano passarem a ter ser escritos, obrigatoriamente, com minúscula inicial". 


 

9.2.12

Rasposta: Nos Lingua!


De fato, N ka atxa “aronbó”. N debeba djobe  midjor. Sen duvida! Pa konsedjo ke nho da-m… ole-l:
Na VEIGA (2011) ka disionariza nen es forma <oroNbu>, era un possibilidade; mas pa indikason de Leitor, “rekursividade” N atxa <djoronbo> na VEIGA (2011). Ago, nu biaja ku mi na nhas disionario:
VEIGA (2011)
Djoronbo ST| separá, oronbo(F) SV/OV| ver separa (os grãos q/ficam em cima) Port.
QUINT-ABRIAL (1998) ta dicionariza <orombu> i mas, sima sta a segir.
Orombu [o’rõbu] v. peneirar o milho moído para separar o mais fino do mais grosso, m-ta orombaba: eu estava a peneirar o milho, vd djorombu.
Djorumbu [dʒo’rõbu] v. peneirar o milho moído para separar o mais fino do mais grosso, bu sa ta djorombu/djaronboba midju: estás a peneirar o milho/tinhas peneirado o milho, vd orombu, tenti.
Tente [‘tẽte] (bamb. tenten, “peneirar”) o m. q. tenti. [bamb= língua  de tribo“bambaram” o bambarâ de kosta de Afrika? Mali)
Tenti [‘tẽti] (bamb. tenten, “peneirar”) o m. q. tente, v. peneirar, separar as partículas mais finas das mais grossas, depois da moagem no almofariz, por meio de movimentos verticais da peneira, ka-u tenti más ki sim! Não peneires mais! vd djorombu.
NAPOLEÃO FERNANDES – Nes autor N ka atxa <oronbu> nen <oronbo>. N atxa <jhorombô(r>
Nota: <jh…> ta ledo som  [dʒ].
Jhorombô(r  v. Sot. (Afr?) acção e efeito de separar os detritos e cascas (garbujho) dos grãos, em balaios; de separar o rolão da farinha, etc.; joeirar (V. tenter; (Guiné: jhóronjhe, mariscos miúdo) fogo: orombôr).
Jhorundi(r, ST. p.us. o m.q. jhorombôr, mas, dando um movimento circular ao balaio.

Tente(r, (de tender) operação que consiste em separar a farinha do milho da parte mais grossa, e o xerém do rolão por meio do balaio próprio. Balai de tentê(r.
Enkuanto N sa ta skrebe ben na nha mimoria ke na Fogo tanbe ta uzado <djaronbó> ku significado de separa parte mas gros, de un karkel kuza granulado, de mas fino. Du ta uza djoronbó na sentido de separa kasca de gran. Normalmente, mas gros o mas lebe ta fika de riba, nes proseso de separasan.  Du ka pode uza <peneirar> nes proseso pamode nen sempre ka ta uzada “peneira”.
Dispos du ta ben skrebe sobre <kutxi>, <bentia>, <bixi>, <sota mindju na pilon>, < pila na pilon>,  <panga balá>...

Leitor ke ta ntende de lingua portuges tanbe pode odja na kes “traduSão” pa portuges, ma kel midjor é kel feto pa Napoleão Fernandes. Pamodé?

8.2.12

Xatia-l kabesa!

Nhos odja Lingua, ka nhos odja AK...

"Ka bu xatia-m Kabesa" na Fogo é sabi de fra:  " Ah nha gente, ka nhos partina-m dizimola!"

BIÂ – Ka bu fla-m ma bu sa ta ben otu bes ku kel lénga-lénga di onti noti, pa bu ben xatia-m kabésa."

Li sin, talves midjor "pa bu ka sanha na mi" o "pa bu ka xatia ku mi", o "ka bu ka kurkuti-m" . Es "pa bu ka radja ku mi";  se el ben de <ralhar> purtuges el ka ta uzado na kriolo de badio(?), na medida ke nen VEIGA (2011)  nen QUINT-ABRIAL (1998) ka disionariza-l.

Na Fogo du ten <radja>  i <radjador>. Ago du ben odja kuzé ke disionario de nos Lingua Kabuverdiano ta fla sobre:

VEIGA (2011)
ST
SV/OV
Obs Port
Radja
Radjadu, v. linpo
radju
petá skrépa, zulpiná
linpe, asióde
ijiéne
ver ralhar, repreender em voz alta
adj que tem higiene, asseado, limpo
sub higiene

VEIGA (2011) ka disionariza es palavra ke na Fogo ta uzado ku sentido de <gabador>, gabador de se prope kabesa; mostrador, isto é, argen ke gosta de mostra se pessoa, kuza ke el prope faze.
VEIGA (2011) ta rejista ST <gaba>| SV/OV gavá, gabá | Port. ver gabar , elogiar
QUINT-ABRIAL (1998) skrebe:
Rádja [‘radʒɐ] (port. relhar) v. radja báka: prender o vitelo à vaca de maneira a impedi-lo de mamar, principalmente durante a mungida= timenti bu k’ordinha, enquanto não se acaba de mungir.
Radjádu [rɐ’dʒadu] (port. arranjar) adj. resistente, robusto, forte (quando se refere aos animais).
Suma nhos sa ta odja, QUINT-ABRIAL (1998) ka disionariza es palavra <radjador> ku sentido ke ta uzado na Fogo, perduado pamode se Dicionário é de  Caboverdiano –variante de santiago [ kriolo badio de fora!?].
Un nota pa mi inportante: Se Quint-Abrial ka rejista palavra <ralha> é ku mesmo sentido ke el ten na portuges é pamode  badio ka ta uza-l? Ka parse-m. Pamode Fernandes ta po-l na se disionario, sima nhos pode ler li mas baxo, ku mesmo sentido ke sta uzado na fraze sitado.
NAPOLEÃO FERNANDES ta skrebe na kuaze birar di seklo XVII é mas konpleto de ke Veiga (2011):
Mas ante un nota: Fernandes ta ortografa son [dʒ]  asin: /jh/
Rajhádo, adj. Sot. Limpo, bem cuidado, aceado, el tem se casa rajhádu;  mal rajhádo, mal feito; F[ogo] é rajhádo, é cuidadoso.
Rajhadêra,  adj. cuidadosa, boa governante.
Rajhador, adj. cuidadoso que faz ti«udo com desvelo; apurador
Rajhâ(r S.T. (de arranjar) arrumar, conservar cuidar da limpeza da casa; fazer tudo com esmero; p.us. como ralhar: V. raliâr.
Rajhâr, S.T. (de relhar-pôr relhas em) apartar o bezerro da mãe a fim de poder esta ajuntar o leite; v. chicrâr; S.N. rèjhâr.
Ràjho, s. S.T. (de arranjo) cuidado, apuro, esmero; limpeza, aceio: el ta fazé tudo co rájho; ralho, discussão, zanga.
Ralhâ(r S.A. ralhar.
Ralia ou relía, arrelia.
Ralhâ(r  Sot. ralhar, el raliâ co el; v. reliâr e rájhâr.
Tudo kes li é pa N fla ma AK (ex-Alupek), apezar des fogetorio, A Oficialização da Língua Cabo-verdiana só ta bai pa frente se Estado e Governos de Cabo Verde assumirem, de facto e de júri, o que está na prescrito no artigo 9º da Constituição da República de Cabo Verde, Sobretudo no seu ponto 2."O Estado promove as condições para a oficialização da língua materna cabo-verdiana, em paridade com a língua portuguesa."
Pa mi es "em paridade" foi um exagero do legislador, mas tudo bem. Aceito.
Mas dos nota <fogetorio> ka sta disionarizado na VEIGA (2011), mas sta
1. <fodóku> SV/OV fróke| Port. adj. fraco.
2. <fodóku> SV/OV mafe|Port. adj. fedorento.

Ami go,  kabo dja fika-m (sta-m) fodoko, N ka pode sta li, dja N ba!

6.2.12

aronbó

Ora ke N obi un palavra de  kriolo ke nhas amigo o karkel argen stranho uza, N ta djobe-l prumero se el sta na disionarizado na kes “disionario”  ke N tene na kaza.

VEIGA (2011) é un grande referensia. Dispos é QUINT (1998) e na urtimo lugar é kel prumero Napoleão Fernandes.

Onte algen uza palavra <aronbó> [ɐrõ’bo] ami N lenbra de se kontrario ke palavra <rosa> [‘Rosɐ]

 Na Fogo <aronbó> é panha kel ki sta de riba; <rosa> é panha tudo; djunta tudo. Kuriozo é ke na un determinado situason du pode, eufemisticamente, uza <aronbó> ku sentido de panha-l tudo: El aronbo-m kel fijon fepu, ka fika nun gran.


Ago du odja: Veiga (2011) ka ta rejista palavra <aronbó> mas el ten <rosa>.

ST
SV/OV
Obs Port
rósa
rosa ( –lugar)
rosa padja
 rosa, roxa
rosa na un kusa
róme seke de fejon
rosá propriedade
rosá palha/paia
rosá
rosá n´un koza
sub ramos secos de feijoeiro
ver limpar a propriedade
exp roçar a palha
ver roçar, tocar ao de leve
exp tocar ao de leve em
Lugar
luga
propriedade de sekere
lugá, alugá
sub propriedade de sequeiro
ver alugar

Quint-Abrial (1998) tanbe ka ta rejista palavra <aronbó>  talves e ka ta uzado na Santiago,  ma el tem palavra <rosa>.

Rosa [‘rosɐ] (port. roçar) v. roçar mato e ervas daninhas, limpar um terreno, tempu di rosa: tempo de limpeza das terras em Maio e Junho, que precede as sementeiras, ken ki ta rosaba ki teni lugár: A terra pertence a quem as desbrava.

Napoleão Fernandes:
Roça, s. o que se roçou) canas de milho, feijoeiro e mais palhas secas que se roça para serem queimadas, por não servirem para o sustento do gado, roçada.

Se du odja kes palavra <lugar> e < luga> na Veiga (2011) konparado ku Quint-Abrial…

Luga [‘lugɐ] (port. alugar] v. alugar, pagar aluguer.

Lugal [lu’gal]  (port. lugar) o. m. q. lugár.  

Un nota: ranskrisão fonétika debeba ser [lu’gɐɫ] pamode é sin ke badio ta pronunsia kel palavra.
Mas sendo m. q. lugár Quint ta escrebe:

Lugár [lu’gar] (port. lugar) o m. q. lugal, s. lugar, local, sítio. Veiga (2011) ka ta rejista <lugal>. Napoleão Fernandes ta rejista tanbe só <lugar>.

Lugar, lugar, emprego, cargo; S.T. o terreno de sequeiro em que se faz sementeira, esse terreno cultivado, a fazenda; ____ de gente grande, os quadris (pleb.)

Na Fogo gentis ta fra:

Luga [‘luga] ku sentido de ke Napoleão Fernandes ta uza “o terreno de sequeiro em que se faz sementeira”. Mas tanbe es mesmo palavra pode ser sitio, lokal: - SAI DE NHA LUGA(R) BU DIXA-M SINTA, É MI KI STABA LI PRUMERO…


Luga [‘lugɐ] ku sentido de luga karro; luga kaza. (port. alugar).

2.2.12

Ruki

Ruki, txuki, soti:

- El ka kre txuki-m dedo na odjo. El kre e mas, ruki-m el te txiga tonoko. Mas mi dja N fra-l: ben tarde ser sukuro ben preto!