22.9.09

Baltazar-Malato

Baltasar-Malato, pelos comentários anónimos publicados na net e que têm a sua assinatura, eis o retrato: um Homem que se quer mostrar Culto, dizer que conhece Socrates, daí fazer o Kabuverdianu “parir” e tomar a consciência da nossa origem é violência gratuíta e é pecado; que diz ser filho de uma Cv e de um Português, podemos cacrescentar que é um crioulo – um mulato – veja o significado dessa palavra na lexigografia da escravatura, já que chama um Kabuverdianu de filho de escrava. O Senhor sabe que não se pode ser escravo por opção; sabe as razões que levaram os portugueses a iniciar o tráfico de Homens africanos [(re)ver ZURARA - Crónicas da Guiné e J. Kizerbo]; sabe que os regimes ditatoriais são abomináveis e que sempre tiveram de ser combatidos e derrubados a ferro e fogo. Mais, vir cá falar de “escravo” e de "etnias selvagens” da forma como o faz aqui, e nos dias de hoje, não é sinal de Humanismo.

Agora, uma perguntazinha, apenas para matutar, o que é falar uma Língua correctamente? Porquê que o caboverdiano não fala correctamente a LP? Respondemos: o Kauverdianu não fala a Língua Portuguesa, fala o Crioulo e, se alfabetizado escreve… O senhor é bilingue. De que tipo? Bilingue, pelas razões que apontou, mas nunca cultivou nem promoveu o bicultarlismo de que é fruto? Até que, como caboverdiano(?) podia dar uma mãozinha para aqueles que querem realçar e dar a conhecer o resultado dessa miscigenação entre o Homem branco e as Mulheres escravas. Sendo filho de um abastado e provinciano Cidadão de uma das Províncias de Portugal, e Vocemece nascido na Província Ultramarina de Cabo Verde, certamente teve uma ou várias babá(s) escravas. Estas por serem semi-escravas cuidavam de si com muito carinho (e não raras vezes do seu paizinho branco, também) privando as suas próprias “crias” de qualquer tipo de afecto. Isto (não) lhe devia orgulhar!?

Somos muitos os Kabuverdianus frutos enxertiados desse cruzamento incestuoso e bakan, portanto “vítimas” da História que nos fez… Não gostámos que nos façam recordar disso, pelo menos nesse estilo. Mas era a mentalidade da época. Aceita-se!?

PS:
1) Espero não estar a escrever para um anónimo culto de 4ª classe.
2. Kauverdianu de hoje é MULATU e orgulhoso da sua tez. Veja, com ‘U’ no fim. Este é diferente de mulato com ‘o’

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