9.9.09

Pulitika Linguistiku e ka planifikasãu Linguistika. Dja sabedu

Si nu refleti sobri konteudu des entrevista di Ministru di Kultura di Kauverdi, Doutor Manuel Veiga, so nu pode konkorda ma es Ministeriu konklui tudu un prusesu di difinisãu ifetivu di Pulitika Linguistiku na Kauverdi, ki ben desdi data di Indipendensia. Nes entrevista, nu ten ki sabe odja ma ten klaramenti konjugasãu di dos vizãu: Un di Pulitiku i otu di Linguista.
Si Ministru di Kultura fadja nes kestãu di ofisializasãu di Kriolu foi enkuantu Pulitiku, na midida ki el dixa i el pirmiti ki Kauverdianus skolarizadu (kes ki e ka e Linguista, maioria (?) 99,999%) pensa ma ofisializasãu di Kriolu e kel li:

Em Barlavento [Kauverdi] muitas pessoas posicionam-se contra a oficialização do Crioulo nos moldes em que está a ser feito, sustentando que o processo foi mal conduzido. Qual a sua verdade? Admito que se podia fazer mais e melhor quanto ao processo da oficialização da LCV. Este mais e melhor, porém, não podem ser tarefa apenas do Ministério da Cultura. Nós, até fizemos uma boa parte da caminhada. Porém, em matéria da oficialização da LCV, outros sectores da sociedade devem ter um papel fundamental. Refiro-me ao Ministério da Educação, a todo o sistema de Educação, à Comunicação Social, ao Parlamento, à Associação de Escritores, e isto para citar apenas alguns sectores.Quanto à reserva de barlavento em matéria de oficialização é devido, fundamentalmente, a um grosseiro mal-entendido.Há uns que pensam que a oficialização da LCV representa a desoficialização da Língua Portuguesa.Há outras que entenderam que a oficialização da LCV seria a imposição do «badiu» em todas as ilhas. Há outras pessoas ainda que confundem o ALUPEC com a oficialização. Como são contra o ALUPEC, acham que, por coerência, devem ser também contra a oficialização.Eu penso que se resolvermos o problema do mal-entendido, a maioria, para não dizer a totalidade dos caboverdianos, seria defensora da oficialização da LCV. E isto Porquê? Porque a oficialização significa tão-somente o reconhecimento jurídico-constitucional que confere legitimidade à LCV de poder ser livremente ensinada, de poder ser livremente utilizada na Administração Pública, de poder ser livremente utilizada na Comunicação Social e na criação artístico-cultural, como aliás, neste momento já acontece.Ora, a LCV já está a ser utilizada em todos esses espaços formais que acabei de referir, precisando apenas de alargar e consolidar esse uso. Isto significa que, na prática, de alguma forma, a LCV já é língua oficial. Essa prática já ninguém a pode contrariar. E se de facto a LCV já é utilizada nos espaços de oficialidade, porquê que de jure constitucional não há-de ser também?Devo esclarecer ainda que oficializar a LCV não significa oficializar uma variante. Na minha perspectiva, com a oficialização da LCV todas as variantes devem continuar a ser utilizadas e a ser estudadas. A estratégia de ensino que reputo de mais adequada é aquela em que se parte da variante local e depois se faz a ponte com uma ou com duas outras variantes de socialização maior. Por exemplo, em Santo Antão, parte-se da variante local e faz-se a ponte com a variante de S. Vicente e com a variante de Santiago, se as autoridades pedagógicas considerarem útil uma tal ponte e uma tal metodologia.Uma coisa é certa: as variantes que desejarem influenciar, decisivamente, o processo de padronização da LCV devem ser objecto de muito estudo académico e de muita utilização na criação cultural e na comunicação social.
Nes parti sitadu es Governanti dexa inplisitu ma ME i otus parserus ka sta ta djuda, pelu menus kel ki el ta spera, nes prusesu di ofisializasãu. Pamode?
Ago, mas gravi inda e ki te gosi ningen ka odja ninhun PLANIFIKASÃU LINGUISTIKU pa distrui es pensamentu ki sa ta faze skola na blogosfera ora ki asuntu e lingua Kauverdianu, ku kumentarius di jeneru, klika na blogosfera.
Si Prugrama Le i Skrebi Kauverdianu e un meiu, primeru, di aplikasãu/implimentasãu di Pulitika Linguistika... konteudu des Prugrama ta justifika es groseiro-bem entendido : Há outras que entenderam que a oficialização da LCV seria a imposição do «badiu» em todas as ilhas. Mi, ami N ta intende ma sta dadu rostu nes kestãu di Lingua Faladu apenas dos Konsedju di Kauverdi, Nosa Sinhora da Lus na Sanbisenti i Nosa Sinhora  da Grasa na Praia.
Kel omi, Nho da oportunidai pa kes otu Konsedju di kauverdi mostra ses Lingua i Kultura tanbe!

2 comentários:

  1. Felismente sabemos ler e interpretar para não cair nas conversas dou outros. Não é defícil perceber que o ministro da cultura anda de forma muito turtuoso para tentar nos fintar com a sua ideologia barata. Os defensores do ALUPEC não têm argumentos a favor da oficialização do ALUPEC mas sim desculpas o que não convencem a ninguém. Não perceberam que perderam a guerra? Viste a esmagadora argumentos na Tertúlia Crioula? O ALUPEC, AK ou outras coisas do género vai ser utilizado só por MV e companhia limitada. Nkuantu isu nta ba ta deta na sombra do maran'anha ku dxágui-dxágui. Cumprimentos!

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  2. MR...obrigado pela visita e pelo escrito que aqui deixou. Gostei dessa "sabemos ler...". Eu também tenho lido os comentários da TC que já vai nos cento e tal (pena é que muitos deles são "comentadores virtuais e incontactaveis"...porém trazem-nos elementos de análise e de reflexão sociolinguística, por exemplo o comentário da Francisca, o que é que acha!?Permitiu-me várias leituras, digo-lhe.Agora,Eu! Eu decidi escrever a língua que falo fazendo uso do AK (até podia fazer uso do alfabeto Russo, veja lá!)não devemos esquecer dos decretos-Lei nr 67/98 e nr 8/2009( ver a)do nr 2 do artigo 216 da CONSTITUIÇÃO da REPÚBLICA DE CABO VERDE. (...), Mas também sei que não foi proíbido o uso do alfabeto/escrita etimológica.Portanto,... a opção é do indivíduo. Cumprimentos, volte sempre!

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