19.10.09

Porque ensinar a escrever a Língua que falamos...

Porque...

Temos que ecolher: escrita "alupequiana" ou "escrita etimológica"?


1º Eu não escolhi o AK, mas defendo-o em si, de forma autónoma, por aquilo que o Ele representa e propõe.
2º Na leitura dos meus comentários não se pode inferir que alguma vez tive a intenção de querer impor o AK a quem quer que fosse. Limitei-me, sim, a apontar algumas das suas vantagens e esclarecer alguns pontos de comentários alheios.
3º Para mim também o AK é uma “imposição”, mas que teve por trás um “Estudo feito por Académicos sérios” e um decreto-lei instituído por um Poder Político que me parece Legítimo. Isto até ver!

Tenho a consciência de que a socialização não está sendo feita de melhor maneira. Os comentários são prova disso. Mas é à uma maneira! (…). O Ak é representado oficialmente por um rosto e devia haver mais. É que não se conhece os restantes membros da equipa de trabalho, isto é, os membros da Comissão Consultiva para a Língua Cabo-verdiana. São falhas que põem a nu as nossas fragilidades e as do meu país. Eu relevo-as. E faço o meu trabalho com seriedade.
A Língua Nacional (LN) é o Crioulo. Hoje queremos (orto)grafar a nossa LN. Como Cidadão deste país/nação que sou, remo na mesma direcção, a da oficialização da LN. Sei, sabemos(?) quais são as vantagens do Ak para escrever cada uma das variantes do Crioulo. Mesmo que não as vejamos escarrapachados num Plano (político) Linguístico.
Mais, eu acho que se a todos os “intelectuais” Cvs fossem dados a compreender a importância e o alcance desse Ak eles não o rejeitariam. Pelo teor dos comentários postados aqui, parece-me que a rejeição está associado, sobretudo, ao desconhecimento… do Plano Linguístico.
Como caboverdiano que fala diariamente a LCv, tanto se me faz escrever “à moda dos claridosos” ou “à maneira alupequiana”. O que precisávamos era de uma linha de orientação, esta já nos foi dada pelo Decreto-lei. (Se é discutível na sua constitucionalidade, isto não ME interessa bastante).

Agora, faço força para que se introduza o ensino da Língua Cv nas escolas de CV. As crianças (e os analfabetos Cvs) precisam de (re)escrever aquilo que lêem na Comunidade num texto Original. Fizesse isso, a tradução para outras Línguas ficava para os Intérpretes e Tradutores com Formação.

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