6.1.10

Escrever uma Língua... primariamente tem de ser falada por...

"A história da Língua Portuguesa


A história da língua portuguesa passou por três períodos históricos importantes até chegar ao Acordo Ortográfico, Decreto 6.583/08 de 29 de setembro de 2008. Leia com atenção as explicações da Especialista Sandra Ceraldi Carrasco sobre a origem da nossa língua e saiba por que o idioma brasileiro se distanciou do luso-africano.

O período fonético (século XII a XVI), considerado um dos marcos do Português, foi a fase arcaica da língua falada, ocasião em que não existia preocupação com normas e a linguagem sofria influência das pronúncias regionais. Preocupava-se então com a expressão dos sons da língua falada e a ortografia espanhola, utilizada, prejudicou a nossa língua. Ex.: sabhã (sabiam), çapato (sapato), screver (escrever), poer (pôr), pesco (peço), mall (mal), omilde (humilde), mâao (mão), etc.

O período pseudo-etimológico, fase do renascimento (século XV e XVI), começou a modificar a ortografia sob a influência etimológica e vários vocábulos novos foram introduzidos à língua. Surgiram então as normas ortográficas. Foi Pero de Magalhães de Gândavo que publicou, em Lisboa, no ano de 1574, o primeiro tratado ortográfico. Dois anos depois, Duarte Nunes Leão publicou o tratado “Ortografia da Língua Portuguesa”. Esses dois livros foram os pioneiros. O latim era respeitado e utilizado, entretanto, no século XIX, com o advento do Romantismo, o latim era falado sob a ótica do francês.

O período simplificado (século XX), diante do caos ortográfico, pois cada escritor escrevia como melhor lhe convinha, várias tentativas de simplificação ocorreram, mas sem êxito. Somente em 1904, Gonçalves Vianna publicou “Ortografia Nacional”, quando demonstrou que não se podia aceitar a grafia de muitos vocábulos e lançou uma reforma que estabeleceu quatro princípios: extinção de todos os símbolos da etimologia grega – th, ph, ch, k, rh e y.; redução das consoantes dobradas e singelas, com exceção do rr e ss mediais, que têm valores peculiares; eliminação de consoantes nulas, quando não influem na pronúncia da vogal que as precede e regularização da acentuação gráfica.

O Poder Executivo português, em 1° de setembro de 1911, tornou obrigatória uma reforma ortográfica, baseada nos princípios de Gonçalves Vianna, que foi concluída sem a participação dos brasileiros, por isso a pronúncia de Portugal não é igual à do Brasil. Para amenizar tal problema, a Academia Brasileira de Letras e a Academia das Ciências de Lisboa publicaram um Acordo Ortográfico no ano de 1931, chamado de “Sistema Simplificado Luso-Brasileiro”, que não foi eficaz.

A Língua Portuguesa Brasileira seguiu até o momento o acordo de 1943, com as alterações em vigor pela lei n° 5.765, de 18 de dezembro de 1971 em que determinou: extinção do trema nos hiatos átonos; acento circunflexo diferencial na letra E e O da sílaba tônica das palavras homógrafas, exceção feita da palavra PÔDE, que continuou acentuada em oposição a PODE; acento circunflexo e grave em que se assinalava a sílaba subtônica dos vocábulos derivados pelo sufixo MENTE ou sufixos iniciados por Z. Essas normas já estão em desuso desde 1° de janeiro de 2009, com o “Acordo Ortográfico” publicado em 2008, que visa à unificação de grafia e pronúncia a todos os países e regiões em que se fala o Português."

1 comentário:

  1. Gentis ta karapati oji na determinadus ortografia, bu ta pensa ma Dios ki stabelese-s. **** Mas un prova ma ortografia e konvenson mutavel - di manera ki buska di rasionalidadi e kaminhu sertu.

    Marsianu nha Ida padri Nikulau Ferera

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