Pa leré!,
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Há uma [M]norma Maria Barba cantada em português e crioulo em que a individualidade da expressão bilingue da cabo-verdianidade se manifesta. Há um dueto desta senhora com o tenente Serra em que a morna de uma forma muito bela intercala o português e o crioulo, mas que se combinam magistralmente. Com essa morna eu conscientizei-me de que o nosso bilinguismo é também expressão da nossa identidade mestiça. O meu amigo Rui Araújo disse-me esta coisa muito bonita: nós somos os filhos que nascem de fora para dentro e não de dentro para fora. Quer dizer, a nossa fecundação veio da África, da Europa, etc. E esse poema Carta de Bia d’Ideal mistura de forma muito natural o português e o crioulo. Vário, ao contrário do que as pessoas julgam, gostava imenso desse poema.
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