3.5.12

Ensinantes

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(...)
O convívio entre estas duas línguas, uma da vertente oral (o Crioulo) e outra da vertente escrita e de ensino (o Português), constitui impacto negativo no ensino-aprendizagem por vários motivos:

- Os caboverdianos só entram em contacto formal com o Português a partir da idade escolar;

- Os ensinantes, maioritariamente cabo-verdianos, não têm um domínio pleno, nem oral nem escrito da LP e, consequentemente, no seu discurso produzem textos com interferências e decalques da LM;

- A falta de pessoal qualificado faz com que o ministério coloque ensinantes sem formação na área, o que, também, constitui entrave no ensino/aprendizagem do Português;

- A carência de professores no Ensino Secundário tem sido sempre um dos principais constrangimentos ao funcionamento normal do Sistema Educativo em Cabo Verde. Neste âmbito a formação de professores é um dos seus objectivos fundamentais, agora consagrado no Capítulo V, Secção I da Lei de Bases do Sistema Educativo de 29 de Dezembro de 1990.

- A maioria dos ensinantes de outras disciplinas, embora use o Português para ensinar, atribui ao professor desta disciplina a responsabilidade do seu ensino.
-As reuniões de Coordenação constituem momentos para discussão de abordagens e estratégias novas de ensino de línguas, na maioria, são reuniões em que os professores apenas indicam o que cumpriram do plano traçado, a partir de planos semanais, trimestrais e anuais e programam o que irão trabalhar na semana seguinte.

- Além dos aspectos apresentados acrescenta-se ainda o uso de estratégias e
metodologias incompatíveis para o ensino do Português em Cabo Verde (cf. Lobo (2008:5) e Freire (2007: 67).

Ler tudo aqui http://repositorio.ul.pt/bitstream/10451/340/3/18161_ulfl063637_TM.pdf

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