NESTE PARÁGRAFO REGISTA-SE ALGUMA AMBIGUIDADE: "Em todos os debates acerca da oficialização do crioulo existe algo comum entre os ‘a favor’ e os ‘contra’: a sub valorização da língua portuguesa; esta sub-valorização, parece-me, é tacitamente assumida pelos defensores da oficialização do crioulo e por parte dos não defensores do crioulo passa-se o mesmo, na medida em que a língua portuguesa é implicitamente considerada de somenos importância. Com base nisto assumirei aqui uma posição que visa a valorização do português como parte igualmente integrante da identidade cultural do povo cabo-verdiano. (...)”. NO ENTANTO, há muita "gente fina" a querer que os defensores da oficialização da LCv assumam de forma clara e "sen tuntunhimentu" que essa oficialização implica necessariamente a "sub-valorização" da LP. Não nos cabe fazer esse Juízo de valor! (…)
O defensor da Oficialização da LCv não deve estar preocupado com as consequências que essa possa trazer à Língua Oficial Portuguesa - negativas ou positivas. A preocupação do defensor da LCv é, tão-somente, com a socialização-ensino do Crioulo que quotidianamente é FALADA de Santo Antão à Brava (diáspora) em todas as suas vertentes: da FALA, da ESCRITA e da LEITURA.
Nenhum defensor, esclarecido e convicto, da LCv, quando argumenta a favor da Oficialização da sua Língua Materna e Nacional usa razões de “valoração ou de sub-valorização”. E nem demonstra um desejo de usurpação do domínio Histórico da Língua Portuguesa.
Conclusão: os reais defensores da LCv pugnam, e com argumentos (a)científicos, por um BILINGUISMO OFICIALIZADO... plasmado de forma clara na Constituição da República de Caboverde. Com isto é dizer também, contrariamente aos do “contra” Oficialização da LCv, que valorizamos as duas Línguas que se “falam” em Cabo Verde. Não tenham dúvidas, um grande número de Caboverdianos defende uma Democracia Linguística em Caboverde - Estatutos “iguais” para as nossas duas Línguas. O que é bom também!
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