Esse diálogo é silencioso. Não é silencioso, está cheio de gritos.
Mas são gritos interiores, entre o leitor e o livro. Como é que o escritor recebe esse eco? Há muitos que me escrevem. E não só leitores. O Christian Bourgois editor francês da obra de Lobo Antunes, com quem não falava de livros, escreveu-me uma carta, antes de morrer, em que diz: "Tu és meu irmão e não há escritor no mundo que admire tanto." Nunca me tinha dito isto. Era um homem que parecia seco, mas por baixo dessa frieza aparente havia um calor humano extraordinário. Portou-se com uma grande coragem durante o cancro, sabendo que ia morrer. Eu disse à mulher, a Dominique, que é quem dirige agora a editora: "O teu marido portou-se com imensa coragem." Ela respondeu-me: "Não é coragem, é elegância." "
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