Não é nenhuma imposição. É uma proposta fundamentada no seguinte:
“O facto de se ter um alfabeto convencional, uniforme e funcional, em termos de pertinência e de oposição distintiva, não quer dizer, que já se tem também uma escrita uniforme e funcional.
Com efeito, a escrita não se reduz ao alfabeto. Se é certo que não existe escrita alfabética sem alfabeto, este, pelo contrário, de algum modo, pode existir antes da harmonização da escrita.
Com isto queremos dizer que a funcionalidade do ALUPEC não significa uma escrita unificada e uniforme. A padronização do alfabeto é apenas um aspecto (1ª fase) da padronização do crioulo.
A fixação dos diacríticos, a segmentação das unidades monemáticas e morfematicas, a uniformização de cada unidade lexical, a opção por uma variante de base, a selecção das formas estruturais que possam funcionar como variantes livres, o controle dos neologismos e dos empréstimos lexicais são outros tantos aspectos da padronização do Crioulo. A mesma é uma tarefa multifacética e de longo prazo que ultrapassa o âmbito de um simples Grupo de Trabalho. É indispensável que haja uma política linguística que favoreça a padronização e que estimule a participação da sociedade, de forma orientada e dinâmica."
Caro leitor, o excerto a supracitado foi escrito por MV no livro proposta de bases do alfabeto unificado para a escrita do caboverdiano na página 159. Então, conseguiu compreender o conteúdo da citação?
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