7.2.09

A propósito de...

E "Cu","ku" o "polpa"

-Escrever na “Língua Caboverdiana”

Txiga pra la. Sem paixão nem fundamentalismos…

Em português e fizer uma leitura em “voz alta” de um texto qualquer ouvirá o inúmeros [ku]. Naturalmente porque a nossa língua materna - variantes de Sotavento e falizmente!, - e a nossa língua lexificadora também têm muitos [ku].
O uso do termo ” ou se quiser são muito frequentes no Caboverdiano: a) mi ku bo…/mi cu bo…, “=mi ma bo…” b) ba(i) ku mi/ ba(i) cu mi “=ba(i) ma mi” c) nase pa tras ; metaforicamente só pode ser [´ku], d) ago, ba brinka ku bu boneka! - Dixa papa trabadja. Sin!? Estes são apenas alguns exemplos de situações em que os falantes usam o referido termo.
Para mais ou menos confirmar, fiz uma mini-pesquisa em vários artigos de Zizim Figueira (desde já soberbos artigos esses) e de Valdemar Pereira (igualmente, mas com pouco tempo de casa), publicados aqui no Liberal, e verifiquei (verifica-se) que nas suas escritas eles não utilizaram o termo . Não o utilizam uma única vez.
Facto: na variante dos citados autores esse termo equivale a palavra . Este “mi ma bo” que nos morna e nos sacode.

Reparem, comparativamente, o Crioulo de Barlavento essas expressões são um “miminho”. Um <ma> que não é agressivo nem agreste.

Enfim, diferentemente do grande António Lobo Antunes, com o seu Fado Alexandrino na p. 39 «à noite voltavas-me o cu e adormecias». No Crioulo de Barlavento o não se escreve e com razão, é um verbo que nos faz viajar...

“ (…) Nem ca boses conta ma ove na polpa de gelinha!”

- Eis Uma Língua com Educação!

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