Es gó:
É ka de mé
É ka de bó
É de nós de bedjo.
Kel ke de nós,
É ka de me ku bó.
É de nós de bedjo,
Ka bu po-l na soge,
El ka ta bende!
Manuel Alegre, Diogo Freitas do Amaral, António
Arnaut, António Bagão Félix e Isabel Pires de Lima são alguns dos
ex-governantes que subscrevem a acção, a par de José Pacheco Pereira e
Miguel Sousa Tavares, dos músicos António Victorino d’Almeida, João
Braga, Pedro Abrunhosa, Pedro Barroso ou Rão Kyao, dos escritores
Joaquim Pessoa e Teolinda Gersão, da actriz Lídia Franco ou de
professores e ensaístas, como Miguel Tamen, Raul Miguel Rosado Fernandes
ou o prestigiado camonista e teórico da literatura Vítor Aguiar e
Silva.
A acção judicial foi patrocinada por Francisco Rodrigues
Rocha, docente da Faculdade de Direito da Universidade Lisboa, e a
respectiva fundamentação foi preparada a partir de pareceres jurídicos
de Ivo Miguel Barroso, docente da mesma faculdade, e de Fernando Paulo
Baptista, filólogo que publicou um livro em que analisa o modo como a
aplicação do AO90, ao impor “a supressão arbitrária” das consoantes “c” e
“p”, contribuiu para distanciar a ortografia portuguesa das principais
línguas europeias, do castelhano, francês, italiano ou romeno ao inglês e
alemão.
Este mesmo conjunto de pessoas interpôs também um
requerimento à Procuradora-Geral da República, solicitando que o
Ministério Público intente uma acção pública contra a "imposição
inconstitucional" do AO90.
Duas iniciativas que se vêm somar à
queixa contra o AO90 que Ivo Miguel Barroso fez chegar no final de 2001
ao Provedor de Justiça e que não teve, até ao momento, qualquer
resposta.
Se a acção popular vier a obter uma decisão favorável do
tribunal, a aplicação do Acordo Ortográfico de 1990 nos vários escalões
do ensino público, do 1.º ao 12.º ano, será considerada ilegal."
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