30.11.14

Fala = Frado fra:


Cada Nasan ku se lingua,

mas cada argen tem se fala.

Frado fra ka ta screbedo.




DL – Você observou bem. Numa cultura letrada como a nossa, a imagem da palavra fixada pela ortografia tem uma importância muito grande no imaginário coletivo. Isso torna o sistema ortográfico parte do patrimônio cultural da sociedade. Há que se ter muita cautela e responsabilidade ao propor qualquer alteração nesse sistema. Por essa razão, todas as reformas ortográficas que se sucederam ao longo do século XX foram conservadoras e pontuais, como no caso do Acordo Ortográfico de 1990. É exatamente o que falta a essa proposta de mutilação da ortografia do senhor Ernani Pimentel. Vale lembrar também que propostas esdrúxulas de simplificação como essa têm surgido desde o século XIX, sem qualquer sucesso.Antes de ser inclusiva, é uma proposta muito autoritária, que só se coloca,volto a repetir, pela ignorância que existe em relação à verdadeira realidade do idioma. O universo linguístico é demasiadamente amplo e complexo. Quem conhece bem a lógica da língua respeita muito sua diversidade e complexidade.Assim como não se pode sair por aí reformando a natureza (e eu lembro aqui o magistral conto de Monteiro Lobato), não se pode sair por aí reformando a língua. Só os incautos e ignorantes acham que podem reformar radicalmente o idioma. A língua é patrimônio do povo que a fala, e é o povo, em sua sábia e tácita democracia linguística, que vai moldando a língua, no uso corrente. Mas se alguém que saísse por aí tentando reformar a natureza (acabando com todos os insetos, por exemplo) não seria levado a sério, os reformadores da língua,infelizmente, se levantam com ares de grande autoridade, graças à já referida ignorância linguística da sociedade.

26.11.14

Vul_Cão: Bida de Djarfogo

Bida de Djarfogo é cratica, mordé, sopra...
sima um sopinha bem temprado,

grandeza de Djarfogo sta pa dimás

por iso el tene bordo baxu d' agu
barbitxe na boca cuma cabrito,
ta mama padás, padás

Vul_Cão: Grandeza de Djarfogo

É te na ponto bu...

Cala! Spera raiba pasa.

RCV ta da-nu muzica:
"grandeza de djarfogo sta pa dimás...
por iso es tene boca baxu la
barbitxe na boca simé cabrito
ta mama padas, padas...
(...)

Ken ke fra N ta rabenta-l piscós.

18.11.14

Odja dinhero!

 "Dinhero é fumo"

   Mas, dinhero...

- Dinhero! Dinhero sta sima fumo sigarro.
- Kumó? fumo  sigarro!
- Fumo de canhoto palomeno bu ta odja-l ta bai... fumo sigarro ta disfaze asin ke bu tra-l de boca.

mm

15.11.14

- Bo é um para N po-bu, é ka si mé?!


 

Es gó:
É ka de mé
É ka de bó
É de nós de bedjo.

Kel ke de nós,
É ka de me ku bó.

É de nós de bedjo,
Ka bu po-l na soge,
El ka ta bende!


Manuel Alegre, Diogo Freitas do Amaral, António Arnaut, António Bagão Félix e Isabel Pires de Lima são alguns dos ex-governantes que subscrevem a acção, a par de José Pacheco Pereira e Miguel Sousa Tavares, dos músicos António Victorino d’Almeida, João Braga, Pedro Abrunhosa, Pedro Barroso ou Rão Kyao, dos escritores Joaquim Pessoa e Teolinda Gersão, da actriz Lídia Franco ou de professores e ensaístas, como Miguel Tamen, Raul Miguel Rosado Fernandes ou o prestigiado camonista e teórico da literatura Vítor Aguiar e Silva.

A acção judicial foi patrocinada por Francisco Rodrigues Rocha, docente da Faculdade de Direito da Universidade Lisboa, e a respectiva fundamentação foi preparada a partir de pareceres jurídicos de Ivo Miguel Barroso, docente da mesma faculdade, e de Fernando Paulo Baptista, filólogo que publicou um livro em que analisa o modo como a aplicação do AO90, ao impor “a supressão arbitrária” das consoantes “c” e “p”, contribuiu para distanciar a ortografia portuguesa das principais línguas europeias, do castelhano, francês, italiano ou romeno ao inglês e alemão.

Este mesmo conjunto de pessoas interpôs também um requerimento à Procuradora-Geral da República, solicitando que o Ministério Público intente uma acção pública contra a "imposição inconstitucional" do AO90.

Duas iniciativas que se vêm somar à queixa contra o AO90 que Ivo Miguel Barroso fez chegar no final de 2001 ao Provedor de Justiça e que não teve, até ao momento, qualquer resposta.
Se a acção popular vier a obter uma decisão favorável do tribunal, a aplicação do Acordo Ortográfico de 1990 nos vários escalões do ensino público, do 1.º ao 12.º ano, será considerada ilegal."

11.11.14

N ka cokero

ke ta larga pé pa sonbra txada.

Dodo ta spera frado, sabido ta panha na conberso.

(...)