28.7.13

Picos Senhor de Mundo

Sa ta spera txuba bem

Txom de Sekero


Simplismente, bonito!

23.7.13

Obujetivu, na bazi de tudu u restu...

Instrumentalização do Crioulo: Alfabeto de base etimológica ou de base fonológica?

"Ora se a instrumentalização não é transferência pura e simples da funcionalidade das outras línguas para a estrutura do crioulo, vejamos o que ela significa: naturalmente, quando falamos de instrumentalização do crioulo referimo-nos essencialmente  à estandardização alfabética, embora se possa referir também à instrumentalização morfo-sintáctica.
Quanto ao primeiro ponto, a primeira questão que se põe é de saber que tipo de alfabeto devemos adoptar. O de base etimológica ou então o de base fonológica. Tanto um como outro tem as suas vantagens e suas desvantagens. O nosso objectivo consiste em adoptar aquele que melhor possa servir o fim que temos em vista.
Se o objectivo a que nós nos propomos é fazer o estudo do crioulo para melhor facilitar a aprendizagem do português, deveremos adoptar o alfabeto de base etimológica. Cremos ser esta a grande vantagem deste alfabeto. Ele permite que o português seja a continuação do crioulo não tanto na sua estrutura sintáctica, mas fónica. O aprendiz do crioulo teria o ouvido educado para a fonética portuguesa com a sua respectiva grafia.
 
(...)
Efectivamente, as desvantagens desse alfabeto [etimológico] são grandes. O crioulo não só perderia a sua autonomia fonética, ao adoptá-lo, mas também complicaria a sua grafia desnecessariamente. (...)"

Veiga, Manuel (2000), “Instrumentalização do Crioulo”, in Manuel Veiga (org.), Iº Colóquio Linguístico sobre o Crioulo de Cabo Verde. Praia: INIC, 158.

21.7.13

Praia, praia

Tempo na mar

Tempo na terra

17.7.13

Fundu-l gudja

De fundu-l gudja

"fundu-l gudja",
"fundu-l gudja"!?
"fundu-l gudja","fundu-l gudja" ... ffffff

Dja-m sabeba,
Spera-m N ba leré, gó!

(...)

- N ka sa ta bai merca.

(...)

16.7.13

Conguto_bosta

conguto de lenha/cangutul lenha
Cacuto de lenha/cacuto de lapis

Suma N ta leba na sono es ta txuma-m

(...)
bosta de baca/bosta-l baca/bosta-l burro

?bosta de cabra/cócó de cabra

*bosta catxó (?bosta-l catxo) / cóco de catxó

?bosta-l galinha/cocó de galinha

15.7.13

BANA

-Bana-m es morna!

Hoje, ele vai partir da sua cidade. Um dia, vi uma jovem lisboeta numa casa da Rua do Sol ao Rato descobrir o mundo trazido pela voz do gigante. A ele eu conhecia. Como no poema de Auden, "ele era meu norte, sul, meu leste e oeste", era o sentido da minha vida. Definição de felicidade? Tão simples: o canal de São Vicente com barcos enferrujados e Bana, tão grande, na praia a dizer as palavras de Resposta de segredo cu mar, acompanhado só pelo clarinete de Luís Morais... Se calhar nunca aconteceu, ali, de costas para o Mindelo e com Santo Antão ao longe, mas eu recorro a essa música para justificar o bairro luandense da minha infância, os amigos da adolescência, a ideia do meu mundo. Aliás, só fui ao Mindelo um dia e já lá não estavam nem Bana nem Luís Morais, só os barcos enferrujados e Santo Antão ao fundo. Por isso, quando Bana começou a cantar, na casa de mornas Monte Cara, eu encostei-me à cadeira para estar comigo. Foi quando a vi, à jovem lisboeta, fechar os olhos para estar consigo. E o corpo dela começou a menear-se, lentamente como uma morna pede. E quando Bana calou-se, nem eu nem ela aplaudimos, estávamos demasiado virados para dentro. Percebi que ela tinha ouvido um cantor da sua cidade. Hoje, na sua cidade, Lisboa, Bana vai ser cinzas. E depois vai para o Mindelo, a sua cidade seminal. Mindelo de São Vicente. São Vicente dos flagelados do vento leste. Do vento leste (norte, sul, oeste...) que o vai devolver ao mundo.

12.7.13

Gosin gó lume al pega na padja berde...

Des borta ... 'achismo' dos pseudo qualquer coisa
El ta da-u ku stangu! (ICL:1987)
"(...)
A articulista deixa entender que há uma tentação (para não dizer determinação) na sobreposição da variedade de Santiago que veio desde o tempo da escravatura quando se sabe (deixa ela entender) que o crioulo verdadeiramente caboverdiano é o de S. Vicente. Nada mais falso. O crioulo de Santiago é tão caboverdiano como o de qualquer outra ilha e com a vantagem de ser mais e melhor estudado, de possuir maior número de locutores, de ser a matriz de todas as outras variantes e, sobretudo, de exibir uma autonomia estrutural muito mais visível e demonstrável que, por exemplo o de S. Vicente. E se a articulista não estiver de acordo, eu convido-a a fazermos um estudo linguístico analítico e comparativo de duas obras significativas para ambas as ilhas e para todo o Cabo Verde: Odju d’Agu e Vangêle Contód de Nos Móda. Com esse estudo, sem dúvida vai ficar demonstrado que não corresponde a verdade a afirmação, segundo a qual, a variedade de S. Vicente possui “uma estrutura com maior autonomia relativamente às línguas-base”. E, com esse estudo, cairia também por terra o “achismo” dos pseudo-mestres e emergiria a verdade objectiva(...)"
Yes ui ken!!!  leré mas!

6.7.13

Regionalista

É só pa divulga, ... nada mas.

"(...)
2. Não obstante, concordo com a articulista quando afirma que a “Literalização” deve ser “um imperativo presente”. Percebi que quererá dizer com isto que a informação e a formação sobre a problemática da nossa língua materna deverão ser uma constante. Não posso deixar ainda de reconhecer que o processo que conduziu à institucionalização do alfabeto caboverdiano não foi a melhor. Houve insuficiência de informação, mas também houve manchas de desinformação e de regionalismo doentio que ainda persistem. Por isso, sufrago a afirmação da articulista quando diz, falando dos estudos que conduziram a aprovação do alfabeto: “Se esse trabalho de grande qualidade técnica marca o ponto de partida do percurso para o Caboverdiano aceder ao estatuto de língua escrita, a sua socialização foi reveladora de uma comunicação deficiente”.

(...)

ST
OV
Pt
duentiu
Rejionalista (não está dicionarizado)
MV. Dicionário Caboverdiano-Portugues (p: 118)
duentiu
Adj doentio, que adoece facilmente
doentio
Dicionário Houaiss
 
 
 
 
regionalista
(ver regionalismo)
1     sujeito a doenças
2     que aparenta estar doente; mórbido
Ex.: tinha uma expressão d.
3     Derivação: sentido figurado.
nocivo à saúde física ou moral de um ser
Ex.: <calor d.> <trabalho d.>
4     Derivação: sentido figurado.
que, por ser excessivo, é prejudicial
Ex.: <ciúme d.> <amor d.> 
 

adjetivo de dois gêneros
que se refere particularmente a uma região
adjetivo e substantivo de dois gêneros
 2 que ou aquele que segue ou cultiva o regionalismo
Ex.: escritor r.

5.7.13

...dura ku sai?

Mi ku nhos ... é na som de ['ku] ... se es ka cre e conta es subi riba la es pila na txom!

Nhos tene raiba de letra <Kk>? Mas imajina Criolo Caboverdiano sem letra  <k> nes ku:

"Livru dura ku sai, mas, sigundu Ymez, foi bon kel spera li pabia el tevi tenpu di trabadja na novus versu ki el inklui na livru i 'parse-m ma kel tenpinhu estra ki N dexa-l riba lumi, kontribui pa el panha sal ki e kapas ki dja el fika na pontu!' (...)"

... dura ku sai... = dura ke sai...? Ná, Criolo tem "cu", bazado! Es é mas um cazo de "com"e "que" "e"  ke bira ku.

1. Gil Moreira, ku se don spesial di bira nos lingua sabi i doxi, ta ba vivifika puemas di SOLIDON, ...
2. Nhos fika ku un txerinhu di livru atraves di versus ki da livru nomi SOLIDON ...

3. Ministeriu di Kultura institui “Premiu Pedro Cardoso” ku objetivu di stimula algen pa skrebe na nos lingua i ku se alfabetu ofisial sima ta inpo, ...

4. Asin, se nomi sta skrebedu ku alfabetu purtuges. Non ku alfabetu kabuverdianu. ...

Asim, ka ta confundido "Ku" ku bracu-l...

2.7.13

É kel aja...

- N ka pode vive tudo dia: é kel aja é kel conta amé(m)!


(...)