30.7.12

Baca


Baca sta djobe mama na bizero, nau.

-baca, bacam, bacom, bacãu, bacandeza,

28.7.12

Xines

(...)

"Xines ta bende barato, ma é pa bu longa dinhero"

25.7.12

É pa da_l arbisa!

Kos-ti-tui-san;

Konx_ti-tui-son;

Konx-ti-tui_sãu;

Kons-ti-tui-sãu da REPUBLIKA DI KAUVERDI;

Konstitusãu da RepúbliKa di Kabu Verdi

"Esta versão em crioulo tem uma introdução da minha autoria intitulada "Marcos do percurso normativo da língua cabo-verdiana" e isto porque, desde a sua origem, o crioulo tem uma história muito fértil e, se os linguistas têm dado uma atenção especial à questão da língua materna, devemos fazer um esforço para dar a nossa contribuição na área do Direito e da Justiça", frisou.

23.7.12

Bus

Na criolo du tem plural de pronome posesivo?

 - Bu gentis dja txiga!
- Bus gentis dja txiga!
- ? bu amigos dja txiga!
- Bus amigos dja txiga!

Pronome posesivo:

Singular
de me(u) - (de mi bu ka kré nada/ de me kré nada); (de) minha
de bó/ de nho, de nha; de bosa, (de) bosé
de sel/ (de) seu

Plural
de nos (de) nosa
de nhos
de bosés
de ses;

22.7.12

roca

- Dja N roca!

Tó ke bu roca [‘Rokɐ] bu bem bu ta (a)txa-m li.
Te Ó ke bu roca…

Bodona!

- Minina, ami gó é bodona!

- Pa kel ke N sa ta odja, só se de bode...

20.7.12

Stranjerismo


Stranjerismo (na Lingua Caboverdiano): é um proseso ke ta introduzi palavra de kes otu idioma na Lingua caboverdino. El é feto de dos manera:

1.       Ku adaptason de grafia i  pronunsia pa criolo, isto é, crioliza-l. Por  izenpo:
Kanéta  [ka’nɛtɐ] (de Portuges ‘caneta’ [kɐ’nɛtɐ]);
bóka [‘bƆkɐ] de portuges ‘boca’[‘bokɐ]);
Seló (do inglês saylor)

Nota: Nhos ta bende  ‘caneta’ [kɐ’nɛtɐ])?
2.       Sem adaptason de grafia, isto é, palavra ta mante forma orijinal. por izenpo: 

belt [bɛlt] (do inglês belt);
boy (do inglês boy)
Dos purgunta:
Será ke nu debe considera stranjerismo tudo palavra ke nu toma pistado de Lingua portuges?

Kenha ke tem otoridade pa Crioliza um strangerismo?

Sprito de cana!


Storia de Cabo Verde na relato de viajem

“(...)
Quando na Chaada do Falcão estive um dia em casa do grande proprietário daquela região, sr. Manuel dos Reis Borges, assisti a uma bela scena de descamisada de milho, feita ao ar livre, por centenas de rapazes e raparigas indígenas. Vi um grande armazém cheio, até acima, de milhares de masçarocas empilhadas. Perguntei ao proprietário se eram para exportação. “para onde”? me respondeu o sr. Reis Borges. “elas lá estão à espera de ocasião”. Alguem que estava perto segredou-me aos ouvidos: Ocasião, é a fome.
Cá está uma frase que basta para condenar a administração pública de Cabo-Verde. A ilha tem, certamente, Câmaras Municipais, mas quem se lembra dos celeiros municipais para acudir a essas crises periódicas de fome? Pelo contrário, eu não ouvia senão frases depreciativas dos pobres indígenas pela sua preguiça, pela sua desmoralização, pelos seus vícios, como se aqueles infelizes ainda no estado bárbaro da civilização, tivessem a culpa de tôdas as desditasde que eram vitimas inocentes. Gravei na memória uma frase de que ouvi a um funcionário: Esta gente vive de alcool e no alcool. Bebem alcool antes de nascer, ao nascer, logo depois de nascer, e por tôda a vida, mesmo ao morrer. Ouvi e calei-me, mas estas palavras suscitaram na minha mente uma dúvida cruel. A quem caberia a responsabilidade de tôda esta negra tragédia?

Em tôda a parte a imprevidência, o abandôno. Aquela gente não tinha um médico para a assitência clinica e para as medidas de profilaxia. Grávidas e puérperas estavam confiscadas a Deus  e à fòrça medicatriz da Naturesa. O remédio soberno para os partos dificeis, era o espirito da cana com que se amorteciam as dores e se produzia a anestesia até à inconsciencia. era o sono crepuscular cabo-verdeano E lá vinha ao mundo a criança se viesse, se viesse; ébria antes de nascer, e ao nascer. Depois, as cólicas infantís eram tratadas pela mesma aguardente, único remédio acessivel. Era êste o início da vida dos cidadãos indígenas de Cabo-Verde. (...)"
 Rejisto:
1.   Nes testo N atxa dos fraze skrebedo na Criolo/ke é kel li na contesto : (...) Já quási à meia encosta vejo no fundo do vale àrvores ou plantas de um verde lindíssimo salpicado de pontos vermelhos e amarelos. Pergunto ao guia o que é aquilo. E o guia respondeu-me Naranha, nhõ (...) encontro uma cubata peço licença para provar a laranja, mesmo que seja das que juncavam o chão. E a mulher com sorriso de bondade colhe algumas das mais maduras, e oferecem'as avisando-me ao mesmo tempo: Branco que tá comê naranha morre dê biliosa. (...)
Fonte: F. A. Wolfango da Silva "A Crise de Fome em Cabo Verde" In boletim do Instituto Vasco da Gama N.º 14-1932, 33-57
Destaque nosso

18.7.12

Stango

Na criolo em ves de dor de barriga ta flada dor na stango/dor na boca-l stango
Na criolo em ves de diarreia ta flada barriga baxo
Na criolo em ves de vomito ta flada stango dizimparado;
Na criolo em ves de doente ta flada ca pode;
Na criolo em ves de caga ta flada cudi nho re(i);
Na criolo em ves de triste ta flada fede;
Na criolo em ves de dor de cabesa ta flada cabesa ta doé;
Na criolo em ves de gazadjado ta flada lanbudo;
Na criolo em ves de às costas ta flada banbudo;
Na criolo em ves de scondedo ta flada ngatxado;
Na criolo em ves de dansa ta flada badja;
Na criolo em ves de baxa ta flad djangoto;
Na criolo em ves de inclina ta flada genge;/ndjerga (de um lado)// ncroca
Na criolo em ves de toma banho ta flada laba;
Na criolo em ves de relata ta flada da arbisa;
Na criolo em ves de virilha ta flada papada (baxo bico)

17.7.12

Claridade Nº7_ 1949


A-      

B-      Scrita orijinal_ do oral
A1 -
DINHÊRO D’ES MUNDO

Gentis branco di mó na bolso
M’ câ invejâ nhôs riqueza;
S’ é pã comê pa doã barriga
Dixã djudjú, corpo singelo.

Rico, rico, era Nhanha Rita,
Nhanha Rita di Mangolom:
Má se dinhero di qui sirbi’l
É bem laba rosto co se cuspinho,
Xàguâ boca na casca d’obo,
Bêbê leti na buli nobo.

Ca nhos cudâ ma quem q’é rico
Tem céu na terra dento se mom:
Torri alto dja tem rombado,
Qui fari funco pa ca pega lumi …

                                                Gabriel Mariano
DINHERO DES MUNDO

Gentis branco de mon na bolso
N ca inveja nhos rikeza;
Se é pa N come pa doe-m barriga
Dixa-m djudju, corpo singelo.

Rico, rico, era Nhanha Rita,
Nhanha Rita de  Mangolom:
Ma se dinhero de ke sirbi-l
É bem laba rosto co se cuspinho,
Xagua boca na casca de obo,
Bebe lete na buli nobo.

Ca nhos cuda ma kem ke é rico
Tem séu na terra dento se mom:
Torre alto dja tem rombado,
ke fari funco pa ca pega lume …

 Pa ler sima bu ta papia

16.7.12

Acordo_ Língua Portuguesa

O Acordo é Ortográfico, sabemos, mas…
Depois do Acordo Ortográfico de 1990, o ensino-aprendizagem da Língua Portuguesa em Cabo Verde passará a seguir a Norma do Português de Portugal ou a Norma do Brasil?
"(…)
Será aceitável (um fanante/escrevente de Cv) num mesmo texto fazer o uso das duas normas sintácticas?
Me dá um cigarro.
Dá-me um cigarro.
Não vou na escola hoje.
Não vou à escola hoje.

15.7.12

Cunsa

"-Da-m prumero, bu cunsa comesa ta papia!"

Cunsa Ku comesa é dos palavra diferente?

Clica na imajem

Nhos purveta/prubeta (apruveita) publisidade!


Pt. Começar [Kumɨ'sar]; começa [ku'mɛsɐ]
Crioulo: comença [ku'm eNsɐ]; cunsa ['kũsɐ]
AK: kumensa (arcaísmo) / kumesa [ku'mesɐ]/ [ko'mesɐ]

14.7.12

Sekso & Jenero

O Género das palavras:


"A candidata a presidenta se comporta como uma adolescenta pouco pacienta

que imagina ter virado eleganta para tentar ser nomeada representanta.

Esperamos vê-la algum dia sorridenta numa capela ardenta, pois esta

dirigenta política, dentre tantas outras suas atitudes barbarizentas, não

tem o direito de violentar o pobre português, só para ficar contenta".



12.7.12

Simbolizasãu

- Se kada kenha screbe sima ke el ta papia... scrita é simbolizasãu de fala o de Língua?

Sobre o acordo ortográfico para "uniformização" da Língua Portuguesa, aqui é o Site do NÃO!



Portugal
(1)    objeto, exato, exceção, diretiva, adotar, ato, afetivo, atividade, ator, elétrico, direção, ótimo, seleção, coleção, etc.

(2)     contacto, facto, secção, prémio, oxigénio, colónia, atómico, etc.

(3)     aceção, abjeção, objetar, tática, deceção, antissético, conjetura, anticoncetivo, inseto, retrospetiva, infetar, aspeto, perspetiva, receção, perceção, recetivo, respetivo, etc.

Brasil
(1)    objeto, exato, exceção, diretiva, adotar, ato, afetivo, atividade, ator, elétrico, direção, ótimo, seleção, coleção, etc.

(2)    contato, fato, seção, prêmio, oxigênio, colônia, atômico, etc.

(3)    acepção, abjecção, objectar, táctica, decepção, antisséptico, conjectura, anticonceptivo, insecto, retrospectiva, infectar, aspecto, perspectiva, recepção, percepção, receptivo, respectivo, etc


 Kabu Verdi

AK (ex-alupec)
Kenha ke ta contina ta pista-nos palavra pa nu papia?

É Brazil o é Portugal?
(1)    obijetu, izatu, ixsesãu (iseson/exseson, esesan), diretiva/direktiva, adota, atu, afetivu, atividadi, ator, ilétriku, diresãu(direson, diresan) ótimu, selesãu (sileson, selesan), kolesãu (kulesãu, kuleson, koleson, kulesan) ets.

(2)    kontaktu/kontatu, faktu/fatu, seksãu/sesãu (sekson, seksan, seson, sesan), prémiu (premi), oksijéniu, kolonia (kulónia) atómiku, ets.

(3)    asesãu/asepson (asepsãu, asepson), abijesãu (abijeson, abijeson) obijeta/obijekta, tátika, disepsãu, (disesãu, disepson, desepson, disepsan) antiséptiku, konjetura/konjektura, antikonseptivu, antikonsetivu, insétu/inséktu, retrospektiva, retrospetiva, infeta/ infekta, aspetu/aspektu, perspektiva/pirspektiva, perspectiva/pirspetiva, resesãu (reseson, resesan), resepsãu ( resepson, resepsan), persesãu/ persepsãu (perseson, persepson, persesan, persepsan) resetivu/reseptivu (risetivu, riseptivu) rispetivu/rispektivu (respetivu, respektivu), ets.

11.7.12

Bai bu caminho

 


Criolo
Dja N ba(i) nha caminho/ dja N ba(i )embora
Kiriolu (AK)
Dja N ba(i) nha kaminhu/ dja N ba(i) enbora

Dja
N
bai
nha
caminho

eu
vai
meu
caminho
Português
Vou-me embora (pôr-se a caminho... para lado nenhum)
Criolo
Dja bu bai bu caminho/?já te vais embora

Dja el bai se caminho/? já ele vai-se embora

Dja nu bai nos caminho /? Já nós vamos embora

Dja es bai ses caminho/? Já eles se vão embora

Rola


rola [‘Rolɐ]. v. (do pt. enrolar).
1.
- rola bu manta!
- rola corda na sintura.

2. rola [‘Rolɐ]. v. 1. barbuli.

barbuli [bɐrbu’li]. v.
- kel galinha txoca staba ta barbuli na kel agu na bera-l caza.

3. rola [‘Rolɐ]. v. 2. demora.


- ka bu rola pamode N tene presa.
- mudjé, bo é rolada.

7.7.12

Deus Tem!

Ninguém sabe se Deus existe ou não. Volto sempre ao filósofo ateu André Comte-Sponville, que escreve que é tão imbecil alguém dizer que "sabe" que Deus existe como outro dizer que "sabe" que Deus não existe. De facto, Deus não é objecto de saber, mas de fé, e o crente tem razões e o não crente também tem razões. As religiões, sendo humanas, trazem consigo uma enorme herança de oportunismo, violência e miséria moral, mas são igualmente fonte de dignidade, verdade, imensa generosidade.
(...)

5.7.12

Bai Undé-l

- Forte Criolo ka ta screbe!


I. Undé-m = bijita-m= bizita-m= vizita-m

Ora ke bu bai Fogo ka bu diskise de bai undé-no

-N ta bai undé nhos na ano ke ta ben.
-Canto es bem undé-no inda nos caza era de padja.

- ke dia ke nhos ta ben undé-no?
-Du ta bai undé nhos ora ke du txa geto.

undé = bizita= vizita. kes dos prumero palavra sta na (an)gunia. Pamodé?

II. Unde-l? (onde (está) ele?)

-Unde-el?
- ala-l la riba-l menza.

4.7.12

Nos AK


- É pa kontina ta da-l publisidade o é pa tadja?

2.7.12

Namenti_ manenti

-Namenti bu sta pidi-m N ka ta da-u el.

-Ba ta cume manenti, namenti sta ka bu sermonia.

- Namenti N ta cutxi, bai da cabra cume.