31.1.10

Skrebe na Lingua Kabuverdianu...

sen ki prumeru kumesadu ta alfabetiza na Lingua Kabuverdianu, inda ki sen karkel akordu ortografiku nasional sosializadu, e txuba na mar.

Sosializa es pensamentu li: http://caboverdiano.blogspot.com/2010/01/criol-e-facil-antes-de-bsot-regra.html
Imagi: podu pa Bloger Caboverdiano

Meu Comentário: "Tenho seguido este blog há já algum tempo... Se não estou em erro, é a primeira vez que o Jornalista descabresta. E o motivo apresentado é...

Parce-m ma ne mestide bosé fcá ofendide nen ofende...es "Caboverdione retratado". Cu es ofença bose N d'ganhá nada.Oá: 1)"Bá coçá macoc na O..." Traduzo: 2) "Bá kosá makók na O...". Entre 1) e 2, como ^vê, a diferença é de ortografia. O que é preciso é Alfabetizar os caboverdianos na sua LM... O dexa ba! Ca bosé ralá! Bom fim-de-semana! Et."

25.1.10

Assomada-Casa
Assomada-Cinema

13.1.10

Acordo Ortográfico & nós, Cabo Verde!?

Em Cabo Verde sabemos alguma coisa desse Acordo Ortográfico? Estamos a segui-lo?

"(...) Aliás, "reitera-se" no mesmo segundo protocolo que o AO é "um dos fundamentos da CPLP". Sim, caro leitor, o risonho fundamento da CPLP não é a língua, é o Acordo em vez dela!!! Houve um dromedário que se lembrou de escrever isso e os outros participantes foram a reboque… e instituíram a CPAO (Comunidade dos Países do Acordo Ortográfico)!
Vital Moreira também não pode omitir a necessidade, a que me referi desenvolvidamente no meu artigo anterior aqui no DN, de ser elaborado um vocabulário ortográfico comum previamente à aplicação do AO.
"Comum", isto é, com intervenção de instituições e organismos designados por todos os países signatários.
Esse vocabulário não existe, logo, mesmo que o AO fosse já obrigatório, obrigatório seria também protelar a sua aplicação por falta desse pressuposto, como tal expressamente reconhecido pelo Governo português ao subscrever a declaração da cidade da Praia de 20.07.09... (...)" Ver aqui o texto integral

11.1.10

Quer Comentar!? Então porque não matutar



Mattoso Câmara afirma: "A diferenciação dialectal explica-se, sempre, em parte, pela história cultural e política e pelos movimentos de população e, por outra, pelas próprias forças centrífugas da linguagem humana, que tendem a cristalizar as variações e criar dialecto em qualquer território, relativamente amplo, e na medida directa do maior ou menor isolamento das áreas regionais em referência ao centro linguístico irradiador" (Mattoso Câmara, 1979).

CÂMARA JUNIOR, Mattoso.Dicionário de filologia e gramática. Rio de Janeiro, J. Ozon, 1964.

6.1.10

Escrever uma Língua... primariamente tem de ser falada por...

"A história da Língua Portuguesa


A história da língua portuguesa passou por três períodos históricos importantes até chegar ao Acordo Ortográfico, Decreto 6.583/08 de 29 de setembro de 2008. Leia com atenção as explicações da Especialista Sandra Ceraldi Carrasco sobre a origem da nossa língua e saiba por que o idioma brasileiro se distanciou do luso-africano.

O período fonético (século XII a XVI), considerado um dos marcos do Português, foi a fase arcaica da língua falada, ocasião em que não existia preocupação com normas e a linguagem sofria influência das pronúncias regionais. Preocupava-se então com a expressão dos sons da língua falada e a ortografia espanhola, utilizada, prejudicou a nossa língua. Ex.: sabhã (sabiam), çapato (sapato), screver (escrever), poer (pôr), pesco (peço), mall (mal), omilde (humilde), mâao (mão), etc.

O período pseudo-etimológico, fase do renascimento (século XV e XVI), começou a modificar a ortografia sob a influência etimológica e vários vocábulos novos foram introduzidos à língua. Surgiram então as normas ortográficas. Foi Pero de Magalhães de Gândavo que publicou, em Lisboa, no ano de 1574, o primeiro tratado ortográfico. Dois anos depois, Duarte Nunes Leão publicou o tratado “Ortografia da Língua Portuguesa”. Esses dois livros foram os pioneiros. O latim era respeitado e utilizado, entretanto, no século XIX, com o advento do Romantismo, o latim era falado sob a ótica do francês.

O período simplificado (século XX), diante do caos ortográfico, pois cada escritor escrevia como melhor lhe convinha, várias tentativas de simplificação ocorreram, mas sem êxito. Somente em 1904, Gonçalves Vianna publicou “Ortografia Nacional”, quando demonstrou que não se podia aceitar a grafia de muitos vocábulos e lançou uma reforma que estabeleceu quatro princípios: extinção de todos os símbolos da etimologia grega – th, ph, ch, k, rh e y.; redução das consoantes dobradas e singelas, com exceção do rr e ss mediais, que têm valores peculiares; eliminação de consoantes nulas, quando não influem na pronúncia da vogal que as precede e regularização da acentuação gráfica.

O Poder Executivo português, em 1° de setembro de 1911, tornou obrigatória uma reforma ortográfica, baseada nos princípios de Gonçalves Vianna, que foi concluída sem a participação dos brasileiros, por isso a pronúncia de Portugal não é igual à do Brasil. Para amenizar tal problema, a Academia Brasileira de Letras e a Academia das Ciências de Lisboa publicaram um Acordo Ortográfico no ano de 1931, chamado de “Sistema Simplificado Luso-Brasileiro”, que não foi eficaz.

A Língua Portuguesa Brasileira seguiu até o momento o acordo de 1943, com as alterações em vigor pela lei n° 5.765, de 18 de dezembro de 1971 em que determinou: extinção do trema nos hiatos átonos; acento circunflexo diferencial na letra E e O da sílaba tônica das palavras homógrafas, exceção feita da palavra PÔDE, que continuou acentuada em oposição a PODE; acento circunflexo e grave em que se assinalava a sílaba subtônica dos vocábulos derivados pelo sufixo MENTE ou sufixos iniciados por Z. Essas normas já estão em desuso desde 1° de janeiro de 2009, com o “Acordo Ortográfico” publicado em 2008, que visa à unificação de grafia e pronúncia a todos os países e regiões em que se fala o Português."

Napoleão na un di ses pasaji


...escreveu na semana passada, 31 de Dezembro 09, mais um pequeno “passage” para lembrar aos seus Leitores que na ilha do Fogo, em tempos idos, faziam-se luta de galos. Parabéns! Fica registado esse facto escrito numa maneira possível de escrever em crioulo.
Mas essa forma de escrever crioulo não pode ser enquadrada na escrita etimológica da Língua Caboverdiana (LCv) porque não respeita nenhuma tradição (Pedro Cardoso, Eugénio Tavares, Baltasar Lopes e outros). Aliás, o colunista nem isso pretende. Num dos seus artigos deixou tacitamente claro que ESCREVE como bem entender – podendo em cada um dos seus artigos escrever uma mesma palavra com diferentes *ortografias. E, ninguém tem nada a ver com isso. E mais, esta sua assistematicidade ortográfica é um direito que lhe assiste a ele, e a todos nós também. Por esta razão, nesse aspecto, ao articulista não pode ser assacado qualquer responsabilidade.

Por outro lado, é sabido que não é Professor (no sentido tradicional), e não quererá fazer ESCOLA no que concerne à “escrita correcta” da LCv. Consequentemente, eu, tu e nós devemos ler os artigos de Napoleão atendendo apenas ao conteúdo moral de cada uma das “passage” contadas.

Quem são os Leitores de Napoleão?

Escreve no NB o articulista “… rumo à língua cabo-verdiana.” Mas que LCv? À LCv que o Napoleão escreve ou à LCv que Napoleão FALA?
Agora, como Leitores Cvs, se decidirmos situar a Língua que o nosso articulista usa no tempo, espaço social… concluímos: Todavia, compreensível.

Napoleão sabe enquanto escrevente publicista” que deve preocupar-se com os seus prováveis Leitores: quem escreve escreve para um ou mais Leitores. Daí que não se percebe bem a intenção da escritaria do mesmo. (…)
Não me parece que este Napoleão, nascido no Fogo e que tenha vivido grande parte da sua vida na Praia, esteja a respeitar, como propõe, a “linha de tradição de terra” (se sim, pergunto: -Que terra?). Será que faz isso quando fala-escreve algumas palavras-expressões, como as estão neste seu texto? Penso que não. Porque se pensarmos na tradição (oral) da ilha do Fogo, tendo em conta a forma de dizer (pronunciar) algumas palavras merecem correcções [xxx] mesmo que se prime para uma escrita Claridosa. Como por exemplo:

1. “…quase um palmo [parmo] riba serra.”

2. “…nés tarde de sábado [sabro]”…

3. “Mané pergunta-l:[pargunta-l:]”…

4. “…Nho Difonso, home falido na dinhero, fala-l: 35$00 [fra-l: 35 mi res]

5.“…Mané, desesperado, mete mon na bolso e el entregal faci antes del arrepende. ”…[Mané, dususperado, mete [tchuqui] mon na ardjibera e el entrega-l 35 mi res faci, ante di Mané rapende]

Fico pelos exemplos citados, mas há mais aspectos linguísticos a (re)considerar neste artigo e noutros (...) não quero com este post contrariar-censurar-instruir nenhum escrevente de LCv. Este post pretende ser apenas um comentário.

4.1.10

Palavra di Omi é kel ki ka ten AGA


"PALAVRA É MÁS DI KI PALAVRA


Palavra
//
Di mininu é speransa
di mufinu ta kansa
//
(di nos inu nu ka alkansa
nen ku odju bibu na rabidansa)
//
di mi ku bo é aliansa
di omi onradu é si fiansa
//
di nhu séza é distinu
na frakeza é dizatinu
//
di tirsidjadu é praga
di fobadu é pa paga
//
di kristu é kandia
di maldozu é venenu
//
di tudu dia é sabedoria
ta nanse na alma serenu
//
di skritor é pa lê
di pastor é si fé
//
di dios ten si prigu
mas di fastios é kastigu
//
kel di agor é véu sukuru
pa kanta amor so kes más puru
//
di nhu eugéniu é prumesa
firmadu na séu linpu di futuru
//
dentu’l teral musesa
fase-l bibu son di resa
//
sikre fladu é bakandesa
é sentensa di bu kabesa
//
di kaladu é oru
di dizanimadu é txoru
//
kuali-kuali é kamuga
di ka bale ta ruga
//
di tuga pa nós é língua
mas kel di nos nu ka kre inda
//
e ben di tenpu butupériu
aregadu di tinta di mistériu
//
di amor é dadu
di fla dor é pizadu
//
na mei’ di breu é kaminhu
kel di kretxeu é sima un ninhu
//
di juizadu é benson
di patiadu é kaxon
//
di krenti é serteza
di bodona é konkista
//
di justu é pureza
di bandidu é pa dispista
//
ta sulusa é tristeza
di suzudu rejista
//
sen midida é bureza
na korida é un pista
//
na tereru é konpasu
di gereru é asu
//
arvi berdi na sekeru
na nevueru é kanderu
//
flor stikadu
na mô di pueta
//
tanbé é txabeta
ben tenpradu
//
e ta mata e ta kria
sima sol di tudu dia
//
kel ki nu nxinadu é tizoru
sima midju guardadu na tonboru
//
na kutelu ermu é gazadju
na tenpestadi rixu é sakor
//
di raiba é son di madju
ta baza fumu sima bapor
//
na nos língua e ka ten tadju
sikre ku friu o ku kalor
//
na fodja branku é paxon
na boka povu finason
//
ensaiadu sima un orason
pa rasguarda un nason
//
di kanpunês é nxada
di fregês é nogósiu
//
di matxikadu é fakada
óra k’e xatia ku si sósiu
//
spritu pueta n’el ki ta usti
tudu skonxu n’el ki ta susti
//
di pulítiku é kantiga
ensaiadu des mil bes
//
di krítiku fladu era un bes
di tudu ser si dia ta txiga
//
avé palavra ka di ningen
pa fla nau y pa fla amen
//
ka sabedu si idadi
é fidju kenha dundi k’e ben
//
mas é sinal di umanidadi
dádiva livri pa tudu algen"

Lisboa, 2/01/10

PS: N posta es furtu li pa du ratadja-l, senpri ki nu kre!

- Sake Sakedu!

Trin
Trisa
Trisadu
Katrisadu
Trindoki
Trindoka
Spitxi
Spitxadu
Spitxa

Si nhos konxe argun di kes palavra li di riba, nhos manda-m (N ta gardese nhos ku boa vontadi!) pelu menus un frazi napundi kada un di kes palavra ta parse. Pur izenpru:
 El sake trin! El teneba friu, el staba trin ka ta mexe.
Spitxa karsa na stangu bu pensa ma dja bu da omi.
PS: Na kasu di nhos ten otu palavra ki e sinonimu di kes ki sta na lista li di riba, tanbe nhos pode manda.

Trindoki, n. xuta ku ponta di dedu. El da-m trindoki na ponta di oredja.

3.1.10

Pargunta!

Perguntas soltas … Os verdadeiros intelectuais Cvs também fazem perguntas:

1. “Que fazer de toda obra de escritores cabo-verdianos que escreveram em crioulo com o mesmo alfabeto etimológico usado em português?”

R: As obras escritas já estão arquivadas e se se tornar necessário para alguma coisa poderão transfiguradas para o Alfabeto Caboverdiano (ou até estudadas no original). É de não se esquecer que os textos poéticos desses escritores que escreveram em crioulo não são objectos de ensino-aprendizagem. Não vi, nem ninguém viu um professor de Lp a trabalhar “essas obras em crioulo” nas suas aulas de Lp! (até que podia ser uma hipótese?)

2. “Porque não dar a mão a palmatória e abandonar a imposição do ALUPEC [?]”

R: Para mim, o ALUPEC não é imposição nenhuma. Visto que não houve nenhuma lei que obriga o Cv alfabetizado a escrever quer seja à moda etimológica, quer seja à moda alupequiana… Certo é que o Cv tem vindo a escrever na Língua em que foi escolarizado ou na Língua que sabe escrever… ou que aprendeu a escrever.
A meu ver, devemos todos pensar o ALUPEC/AC como uma PROPOSTA para alfabetização do povo de Cabo Verde. Isto é, AC deve ser racionalizado como uma proposta oficial(izada) para se iniciar o ensino da escrita da LCv.
A realidade que não pode ser escamoteada: a LCv é, sem dúvida, uma Língua que todo o povo de Cabo Verde fala, mas que apenas uma minoria de alfabetizados em português escreve de FORMA ASSISTEMÁTICA. Daí que a escrita fonológica com AC só faz sentido se for introduzida no sistema público de ensino- aprendizagem da LCv. O projecto de hoje é para ensinar os caboverdianos a escrever na sua Língua Materna (língua que falamos) para amanhã termos genuínos ESCRITORES e LEITORES da Língua e da Cultura Caboverdiana. Que isto de traduzir para o português sem se estar preparado cansa.

3. “Porque não fazer com que o cabo-verdiano adopte a língua portuguesa no seu coração e possa escolher entre as duas, qual a sua língua materna?”

R: Esta pergunta deixa a entender que os caboverdianos de hoje têm duas Linguas-Maternas. E não é totalmente verdade. Ora, se considerarmos que a criança aprende (aquisição) sempre e em primeiro lugar a língua dos pais, sabido é que uma criança nascida de pais Cvs aprende de forma natural o Crioulo que os pais falam (se o falam). Nos poucos casos em que um dos progenitores é estrangeiro a criança pode aprender um crioulo mais uma outra Língua. Casos há ainda em que os pais Caboverdianos, por opção, falam com os filhos sempre num português, neste caso considera-se que a Lp é Lingua-materna dos filhos. Isto não significa que impedem os filhos de falar crioulo com terceiros… (a língua da comunidade).

Sei que os caboverdianos querem, desejam poder falar a Lp normativa. Agora, gostava era de saber o COMO “fazer com que o cabo-verdiano adopte a Língua Portuguesa no seu coração e (…)” se o caboverdianos há que nascem também de pais analfabetos. Ou será que os analfabetos caboverdianos também falam português!

1.1.10

2010: Anu di Unidadi i Amor na Orto & grafia di LKv

Es e kel primeru testu skrebedu na Lingua Purtuges, Seklu XII.

"No mundo non me sei parelha,
mentre me for' como me uay
ca ia moiro por uos e ay!
mha senhor branca e uermelha,
queredes que uos retraya
quando uos eu ui en saya!
Mao dia me leuantei,
que uos enton non ui fea!
E, mha senhor, des aquel di' ay!
me foi a mi muyn mal,
e uos, filha de don Paay
Moniz, e ben uus semelha
d' auer eu por uos guaruaya
pois eu, mha senhor, d' alfaya
nunca de uos ouue nem ei
ualia d' üa correa." ( ü = u com til.)"

in: Cancioneiro da Ajuda
Mestedu tradutor...